Ele sempre entrou na minha vida e saiu dela com estrépito. Derrubando coisas, partindo cristais. A sutileza e a cordialidade que eu amo, ele nunca as teve. Parcimonioso em demonstrações de afeto, peremptório em seus juízos, não tinha amigos, somente concorrentes.
Mas, por mais que visse ameaças em seus próprios filhos, era o pai que eu tinha. Por mais que vivesse longe de nós, cada um se lhe assemelha de algum modo. Essa herança (que há algum tempo aprendi a ver como bênção, já que cada um faz da sua vida o que escolhe fazer) livra-o, afinal, mesmo com sua presença intermitente, de ser um desconhecido. Não o livra, no entanto, de ser estranho. Contraditório e inteligente, carismático e apático, envolvido em lutas sociais e imerso em seu próprio mundo.
Agora esse homem estranho sai de novo da minha vida. Desta vez, porém, estranhamente sem ruído, e para não mais voltar.
Não sei o que dizer, reservo para o silêncio a cura da dor. Beijos minha amiga!!! Li
ResponderExcluirJá recebi seu abraço, e isso é o que vale.
ResponderExcluirbeijos,
Sô
Sô, fiquei chocado quando a Ná me contou... não sei como vc conseguiu ir à Carol naquele dia. Sinto muito!
ResponderExcluirVc é uma verdadeira mestra nas artes marciais da sutileza e da cordialidade que tanto aprecia.
beijos,
Di
Di, obrigada pelo carinho!
ResponderExcluirVocê é que tem uma alma rara. :)
beijos,
Sô