Wagner Priante inaugurou no dia 5 sua Eu ofereço. A exposição ficará na Passagem Literária da Consolação até final de setembro.
Muito a propósito, as belas peças de cerâmica evocam diferentes momentos de um rito de passagem, saudam a natureza, o ancestralismo tão esquecido em nós, em nossa correria cotidiana. E nos convidam à quietude.
O espaço escolhido, aliás, é percorrido pelos paulistanos que querem se ofertar um caminhar mais vagaroso, sem a ameaça das buzinas lá de cima - minutos a mais numa curta passagem subterrânea: uma diferença enorme no mundo do tempo escasso da superfície. E não é ilusão a música clássica no meio de livros e obras de arte.
Wagner me contou que, enquanto montava a exposição, um garotinho, que provavelmente passa por ali todos os dias, a caminho da escola, disse para a mãe que "daquelas ele gostava". Que melhor crítico, de olhos treinados mas desprovidos de vícios, poderia haver?
Ah, alvíssaras! Wagner Priante para todos! Adorei.
ResponderExcluirAdorei, Sol. Mas sou suspeito... Mas que os olhares sejam compartilhados. bjs
ResponderExcluirOi, Sô, Wagninho, ontem, lendo um artigo do filósofo e mitólogo Marcos Ferreira dos Santos, li uma transcrição do yanomami Davi Kopenaua que me tocou muito:
ResponderExcluir"o ocidental necessita da palavra escrita pois sua palavra está repleta de esquecimento, o que já não ocorre com a palavra ancestral: ela vive em nossa alma, nossa pele, nossos pensamentos."
Viva a palavrimagem ancestral, que nos cala na pele.
E tatua nossa alma.
ResponderExcluirViva!
beijos
Uau, isso tudo, a exposição e o que vocês disseram, é pura poesia viva... Viva a poesia(,) viva!
ResponderExcluirDi, se puder, vá visitar com a Ná - aproveite que estão pertinho. :)
ResponderExcluirbeijos,
Sô