quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Da série "Milagres cotidianos"

No táxi, ansiosa para chegar logo à segunda agência dos correios antes de seguir para outro compromisso. O taxista para na faixa de pedestre (o que já é um milagre) à espera da travessia da mãe e da filha que acabou de sair do colégio. A mãe faz uma cara cômica de indecisão, enquanto a pequena de 8 ou 9 anos vai puxando a mãe pelo braço e com a mão livre faz para o taxista o gesto "do pedestre" (tipo patientez, patientez!) infinitamente.
Me perco olhando para ela, e acho que já estou sorrindo quando ela me vê. Parece até que diminui os passos antes de chegar à outra calçada; olha bem para meus olhos, sorri também e me faz um gesto de OK/afirmativo/curti. Parece que sabe que preciso continuar acreditando, e ela me ajuda a acreditar.

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