É muito difícil não procrastinar tarefas chatas - isso é normal, humano. Eu é que vinha procrastinando muita coisa, do tipo atualizar o sistema do computador, separar roupas para doação... A atualização do Mac veio à força, porque já não estava conseguindo utilizar vários programas. Com as outras coisas a enfrentar, estou tendo de reprogramar a mente mesmo. Aquela história de contar só até 2 para começar a fazer algo.
Passei o final de semana arrumando coisinhas diversas - um gancho necessário aqui, etiquetar cabos ali, aproveitando para limpar a sapateira onde ficam guardados. Isso me fez lembrar do gaveteiro do banheiro, agora limpo e reorganizado - e assim vão para o lixo produtos vencidos e objetos quebrados. Diante da re-reclamação do marido da sua falta de espaço no cabide de roupas, arrumo outro lugar para as bolsas (e não ouço um piu a respeito). Por fim, separo mais roupas para doação, inclusive algumas que, por alguma razão obscura, acreditava que ainda usaria.
Arrumo mais gavetas, caixas, colares (que voltei a usar). Entre uma coisa e outra, coloco roupa e louça pra lavar, replanto as mudas de nim que ganhamos (e que agora já não sei se é uma boa ter, por talvez ameaçarem as árvores frutíferas vizinhas), e ainda faço dois pães rústicos diferentes.
O bom disso tudo é que, ao final, pensamos: por que demorei tanto a fazer isso? Afora a questão do bem-estar inegável após uma boa arrumação/reorganização, a pergunta irradia para todas as outras coisas procrastinadas. Hoje, por exemplo, a preguiça de editar o material de um autor difícil. Cerquei o texto, compartilhei os poréns com o chefe e mandei bala. Com certeza, encorajada pelas gavetas arrumadas no final de semana.
Como a lista de a-fazeres não tem fim, o melhor é adotar uma ação orgânica, fluida, constante. Assim evita-se a sensação de soterramento e de não saber por onde começar.
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