Voltando do pedal com o marido, outro dia, me estabaquei na calçada, tolamente. Fui fazer graça em resposta a um comentário dele e, quando me dei conta, o pneu já tinha raspado na guia e eu voei por cima da bike. Até então eu estivera superconcentrada no meu pedal, na minha respiração, e bastou uma distração pra eu ganhar uma raladura dolorida no cotovelo e rasgar minha jersey de mandacarus.
Hoje já não tenho dúvidas de que estar concentrada, inteira, presente no que faço é o melhor estado, que traz os melhores resultados. Pro trabalho, pra cozinha, pro pedal, pra arte, pra vida. Quantas comidas de bola, queimaduras na porta do forno, tombos, pontos malfeitos, más escolhas seriam evitados?
Claro que nem sempre é possível estar 100% ali, por ter alguma preocupação, por estar esgotada ou de saco cheio. Aí, talvez, o melhor seja fazer outra coisa, nem que seja por 10 minutos. E tentar voltar à concentração. Respirar, zerar os pensamentos e concentrar-se. Experimentar a plenitude do momento, experimentar estar integralmente em contato consigo mesma. É muito, muito bom.
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