Sim, minha terra está largada, tomada pelo coxinismo, mais e mais amigos têm procurado viver em outros cantos. Mas ainda é minha, ainda ando por ela com pertencimento, ainda gosto de flanar pelas ruas especializadas. Tudo bem que estou mais para sacoleira que para flâneur, mas tudo depende do tempo disponível.
Em São Paulo ainda é possível achar de tudo, e presenciar encontros de culturas tão distintas como a nordestina e a japonesa, as duas que me compõem. Simbolizadas, nesta última visita, pelo queijo de cabra da família de Ariano Suassuna, de Taperoá, Paraíba, e pelos chás da família Amaya, de Registro, São Paulo (não consegui de novo comprar o chá da Vovó, então optei por seu conterrâneo, tão respeitável quanto).
Tenho voltado a tomar chá, estimulada pelos Amaya. O queijo das cabras arianas já virou omelete, risoto com nozes e damasco (da zona cerealista) e hoje temperou o nhoque de beterraba, deixando-o ainda mais leve e gostoso.
Definitivamente, eu amo e saboreio o encontro de culturas.
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