Faz umas três semanas que fiquei sabendo da morte de uma amiga das antigas, da época de Bienal, Mostra, Itaú, ou seja, da época em que eu estava mais ligada à arte-educação, um tempo bastante feliz e desafiador.
Monika Jun Homma esteve comigo nas diferentes instituições por onde passei. Formada em Artes Plásticas, sempre atuou na área de forma comprometida, questionadora, mas também acolhedora e carinhosa com todos. Nas redes sociais, seguíamos uma à outra e compartilhávamos olhares sobre ser oriental, sobre culinária, cultura, arte, educação e política. Nos últimos tempos, estava animadíssima com começar um curso técnico em cozinha. De repente, a notícia, vinda por outra amiga das antigas, pelas mesmas redes sociais. Monika sucumbiu a uma gripe, que em poucos dias virou broncopneumonia e levou-a a ter uma parada cardiorrespiratória fatal. Uma coisa tão banal, uma gripe, e ela se foi.
Ficamos, todos os que a conheceram, pasmos e tristes. A notícia correu pelo Facebook, dezenas ou centenas de relatos de quem a conheceu só confirmaram o que digo aqui: perdemos uma pessoa que sabia ouvir, que recebia o outro com delicadeza, que se interessava por tudo e todos. Também fica a sensação amarga na boca de que uma parte de um passado feliz se desprendeu e foi embora. Um tempo perdido.
Nestes dias sombrios, escuros como o céu de florestas mortas sobre São Paulo da outra semana, pessoas como Monika farão falta. Já fazem.
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