domingo, 22 de maio de 2022

Do doce ao amargo numa passada - rolê em SP

Rolê por São Paulo é sempre um bagulho loko. Mesmo que desta vez eu não tenha feito meu itinerário de pequenas compras de temperos e insumos - compras um pouco maiores eu já tinha abandonado faz tempo com o despacho de bagagem cobrado à parte -, deixando este último rolê para reencontrar minhas pessoas, muitas delas não vistas desde sete anos atrás, a coisa foi corrida como sói acontecer em Sampa. 
Dei muita sorte de não pegar a friaca que tomou a cidade na semana seguinte à minha viagem. Andei num clima ameno, sob céu azul, com solzinho (e voltei a usar chapéu). A maioria das pessoas, de máscara pela rua, no metrô, no ônibus (quem não usava, levava logo uma chamada de motorista ou funcionário do metrô). 
Muitos moradores de rua vagando pelo centro. Famílias inteiras, mães com carrinhos de bebê em barracas. Todas as vezes em que parei pra respirar, pra checar uma placa, pra comprar um QR code para tomar metrô (sim, meu bilhete único de décadas não vale mais), no aeroporto, dentro de restaurantes, fui abordada por alguém querendo um prato de comida ou uma passagem - todas as vezes, sem exagero. 
A gentrificação desabalada do centro só torna ainda mais horrorosa a face da desigualdade. O Copan virou uma espécie de Vila Madalena; ruas como Major Sertório, Rego Freitas e General Jardim viraram endereços hype, com bares, restaurantes e baladas descolados, enquanto espectros circulam ao redor dos hipsters. Eu mesma andei por alguns desses endereços de hipster: Temumami, La Guapa, Bia Hoi, Amélia (neste, teve barman correndo com faca na mão porque alguém tentou levar uma cadeira da calçada, surreal). Fui à Liberdade, onde constatei o fechamento de um dos meus restaurantes favoritos. Numa doceria portuguesa ao lado do CCBB, percebi que não era tão tranquilo tomar café na mesa externa - um homem passou lentamente, me encarando o tempo todo, enquanto eu falava ao telefone com Guga. Passei sob o Minhocão pra buscar uma blusa da Mieko e percebi a deterioração do entorno, com muito lixo espalhado, e também o espalhamento da população mais vulnerável. Não me senti insegura de andar pelo centro - até fiquei no basfond da Vieira de Carvalho -, mas foi impossível ignorar como tudo está mais urbana e humanamente decadente.     
Daí, quando se vai visitar a exposição Amazônia, do Sebastião Salgado (e o Sesc Sompeia foi o único lugar onde se exigiu cartão de vacinação e máscara para entrar), só nos resta chorar. A beleza da floresta e dos povos originários em oposição a todo o horror que temos visto nos últimos anos, especialmente com o desgoverno atual, na destruição de tudo - natureza, direitos, pessoas, democracia. Afora a saudade que dá de um lugar como o Sesc, que representa tanta coisa em que acredito e que ainda sobrevive. Bom até o pão de queijo massudinho da cafeteria, tão característico de SP e que acaba impregnando também o ar nas estações de metrô e terminais de ônibus.
Falando em comidinhas, comi mais doces do que planejava. São Paulo, ainda mais no outono-inverno, pede café. Encontrar amigos pede café. E café pede doce. Tabletón da Paola Carosella (bem bom, bem caro), torta de chocolate com caramelo salgado do empório Amélia (bom), guardanapo de malveira da Maria Cristina Doces Portugueses (razoável, com leve gosto de margarina), panetone com massa de cacau, gotas de chocolate e creme de cupuaçu da Temumami (muito, muito bom, caro), pastiera di grano (OK) e tiramisù (bem bom) da Speranza e o indefectível pudim de leite com fava de baunilha do Senhor Pudim, trazido pelo Rafa. Ainda bem que andei muito, embora não o suficiente para queimar tanto açúcar.
Vi minhas pessoas de sempre, dei abraços apertados e atrasados, cantei a plenos pulmões, fui ao interior para segurar as mãos de um amigo imobilizado mas de olhar sempre vivo e cheio de amor, fiz reunião familiar com quem topa conversas difíceis mas também risadas e emoções, interagi com pets dos amigos e nas ruas, me emocionei com o sabor da marguerita, ponguei nos vinhos bons das adegas amigas (inclusive um Erika Goulart, de que ouvi falar em Mendoza), levei marmita de finger food da Ná pro hotel, como o perfeito cuscuz paulista, tomei conhecimento de mais histórias doidas e preocupantes vividas pela minha mãe. 
Poucos dias, mas muito mais intensos do que qualquer rolê que eu tenha feito desde que saí de lá. Doce e amargo numa só visita. 

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Guarda-chuva no pé

Por algum conhecido em comum, cheguei à página da Osada Handmade, de Belém. Uns calçados diferentões, bem ao meu estilo. Feitos com material reciclado. Coloridos. Uma sandália feita com guarda-chuva, vermelha de bolinhas brancas. Jisuis!
Eu estava atrás de um sapato baixo, mais coberto que alpargatas, com solado menos reto, para bater perna, levando em conta a quantidade cada vez maior de dias chuvosos em Salvador. Via, desanimada, uns modelitos de sapatilha - a maioria sem nada de mais, com cores sem graça, e, ainda por cima, de bicos finos, assassinos de joanete e de dedos compridos. Cheguei à conclusão que até poderia ser um par de mules, mas ou eram muito baixos, ou quase plataforma. 
Quando encontrei a Osada, saquei que Lora, idealizadora da marca, fazia muita coisa por encomenda. Perguntei, timidamente, se ela toparia fazer um modelo diferente pra mim, um mix de alguns que ela tinha no Instagram. O que melhor para enfrentar a chuva que um guarda-chuva - nos pés? Fomos conversando, trocando fotos de sapatos e de guarda-chuvas descartados, tirei medidas dos pés, mandei. Depois de uns dez dias, ela me mandou fotos de como tinha ficado o modelo e um áudio do sapateiro, que afirmava nunca ter feito um sapato tão bonito.
Recebi meus sapatos, que calçaram perfeitamente meus pezinhos maltratados. Zenzito aprovou imediatamente.

terça-feira, 3 de maio de 2022

Para assistir de lencinho na mão

Os filmes Medida provisória, de Lázaro Ramos, e Lunana: A yak in the classroom, do butanês Pawo Choyning Dorji, e a série Julia, da HBO, aparentemente não têm nada em comum. 
Mas têm. Lázaro e Pawo, por exemplo, estreiam como diretores de longas com esses títulos. O filme do butanês gira em torno de um professor, enquanto o de Lázaro se inicia com uma professora da vida real, dona Diva Guimarães, que o ator e diretor conheceu na Flip e que o emocionou até as lágrimas com seu depoimento de superação de mulher negra que escolheu o conhecimento para lutar contra o preconceito e abrir caminho para outras gerações (no filme, ela seria a primeira brasileira negra a receber uma compensação financeira pela escravização de seus antepassados). Tanto os dois filmes quanto a série sobre a famosa apresentadora de TV que levou a culinária francesa aos lares norte-americanos nos lembram como é importante ter uma rede de apoio, seja para realizar um sonho, ensinar-aprender ou fazer a revolução. E todos os três - filmes e série - exigem que tenhamos um lencinho a postos porque, sim, vão nos fazer chorar em algum momento.
No caso de Lunana, o protagonista, professor à força, já que na verdade quer ser cantor, é escalado, por castigo, para a mais remota vila do Butão, onde encontrará as crianças mais fofas da Terra, sobretudo a pequena capitã do grupo, Pem Zam, que eu, se pudesse, escolheria como filha. Todas as personagens - o prefeito, o guia, a cantora, as crianças, o protagonista ranzinza, sua avozinha - são adoráveis. A figura do iaque não é nada gratuita, uma vez que esse boi selvagem é de extrema importância para aldeias como aquela, e a lenda local do pastor que canta para seu iaque perdido se encontra com o jovem professor, um iaque na sala de aula. Impossível conter as lágrimas diante de tanta beleza singela.
Medida provisória é um filme que nos faz rir e chorar ao mesmo tempo. As situações cômicas se mesclam às absurdas e revoltantes, e a sensação de estupefação por sabermos que tanto, tanto daquela distopia é real nos toma o tempo todo que dura o filme. Tive vontade de sair gritando em alguns momentos, o peito chegando a doer de aflição, mesmo o filme não se pretendendo triste. Não tem redenção, ainda bem, porque nem cabe ali, mas tem esperança, tem força, tem união. E a gente precisa tanto!
Por fim, a série sobre Julia Child. Depois que se assiste a Meryl Streep no papel da apresentadora, parece ser impossível que alguém a supere. Nem se trata de superar, mas de trazer uma interpretação mais doce e sexy de Julia Child: é o que a inglesa Sarah Lancashire faz lindamente. Não sei se era sua intenção, mas ela nos seduz. Ela e Paul (David Hyde Pierce) nos seduzem, como um casal afiadíssimo, cúmplices até o fim, algo que Meryl Streep e Stanley Tucci haviam entregue no filme de 2009, mas com um pouco menos de desejo. A gente chega ao fim de cada episódio querendo um amor como aquele, amor-sexo-amizade na medida. E tem sedução extra no episódio sobre pães: só quem faz pão sabe a emoção que é tirar do forno um pão bonito. Muito, muito maior que a de fazer um prato difícil que fica delicioso - o pão já nos diz a que veio na saída do forno, se abriu pestana, se caramelizou, se faz toc-toc ao bater no fundo. Mas antes também, quando depois de medir com exatidão ingredientes, misturar e sovar, pomos a massa a fermentar. E depois, se, ao cortar, sentimos a crocância da casca e imediatamente, em seguida, a maciez do miolo, o cheiro de nozes, os alvéolos abertos. E ainda a manteiga derretendo, e todo o sabor explodindo na boca, extasiando as papilas. O pão que dá certo é amor-sexo-amizade na medida, um milagre. Um milagre. 

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Sopa de maní

Lá no Instagram do Carlos Alberto Doria, um dos mais conhecidos pesquisadores da culinária brasileira, vi uma foto de sopa de amendoim. Uma moça até pediu a ele a receita, mas ele se negou, dizendo que era de um restaurante boliviano nos Campos Elíseos. 
Quando bati os olhos, imaginei que fosse bem bom o prato. Fiz uma pesquisa, achei várias receitas na internet, bem diferentes entre si, concordando quanto ao uso de uma carne (frango ou bovina), batata e o amendoim propriamente dito, via de regra cru e demolhado por umas tantas horas. Acabei chegando a uma versão simplificada que uma argentina fez da receita da vencedora do Masterchef Argentina - e simplifiquei um pouco mais, inclusive usando amendoins tostados e demolhados em água quente. Não usei caldo de legumes ou de carne, porque não tinha, mas o refogado de cebola, alho, pimentão e cenoura com certeza ajudou. Fiz batata palha caseira, com batata-doce, e usei coxa e sobrecoxa, que primeiro dourei no azeite antes do refogado e de acrescentar água quente para cozinhar. Foi mais ou menos assim: 700 g de coxa e sobrecoxa com osso, 2 batatas pequenas, 1 batata-doce grande ralada, 1/2 pimentão vermelho picado, 1 cenoura pequena descascada e cortada em cubos, 1 cebola pequena picada, 2 dentes de alho descascados e picados, 250 g de amendoim tostado e sem casca, sal e pimenta a gosto. Quando tirei a carne, já cozida, para desossar, aproveitar para mixar um pouco a sopa com legumes e já acrescida do creme de amendoim, batido no liquidificador com água.
Retornei a carne desossada para o creme, deixei cozinhar mais uns cinco minutos, daí coloquei salsinha e, na hora de empratar, coroinhas de batata palha. Sucesso absoluto!

terça-feira, 19 de abril de 2022

Blondie de Páscoa

Parece brownie, mas tem mais textura de bolo, além de não levar chocolate na massa. Não tem, portanto, aquela textura de massa quase crua. Adaptei uma receita de Guga, que eu achava um pouco doce e seca além do necessário, e uma da Rita Lobo, quando percebi que a dele era, na verdade, de um blondie, e não de um brownie (reduzi açúcar, aumentei manteiga). Ficou muito boa. 

Ingredientes:
- 2 xícaras de farinha de trigo peneiradas
- 1 colher de sopa de fermento químico em pó
- 150 g de manteiga derretida
- 1 xícara de açúcar mascavo
- 1/2 xícara de açúcar refinado
- 1 xícara de chocolate 60% cacau picado
- 1/2 xícara de chocolate branco picado
- 1/2 xícara de castanhas ou nozes
- 2 ovos
- 1 colher sopa de extrato de baunilha

Misture bem a manteiga derretida com os açúcares. Acrescente os ovos e a baunilha, misturando bem para ficar bem liso. Ajunte então a farinha de trigo e o fermento, delicadamente, para não estimular o glúten e assim ter uma massa firme demais. Por último, adicione os chocolates e as castanhas, misturando com uma espátula, em movimentos de baixo para cima, sempre delicadamente. Despeje ao massa sobre uma forma retangular untada ou forrada com papel manteiga untado, uniformizando bem com uma estátula. Leve ao forno preaquecido a 180 graus por cerca de 25 minutos, ou quando, ao fazer o teste do palito, este sair limpo (diferentemente do brownie, que tem que ficar um pouco melecado). Espere esfriar para cortar. 

Etarismos

Minha amiga Lu compartilhou outro dia um vídeo de um médico comentando como as mulheres costumam se cuidar mais, física e mentalmente, do que os homens, chegando assim à idade mais avançada muito mais saudáveis. Ele usou como exemplo o Alain Delon, que declarou que ia praticar o suicídio assistido, permitido na Suíça, porque não suporta o peso da velhice. Comparava, enfim, o comportamento de homens e mulheres após os 50 anos.
Parecia uma fala simpática, mas tinha uma nota de indisfarçada condescendência. Embora concorde com ele sobre as mulheres se cuidarem melhor depois dos 50 anos, me incomodou que ele não adentrasse as razões por que isso acontece. Se as mulheres buscam o suporte de outras mulheres, se elas viajam mais, se se cuidam mais física e mentalmente após os 50, provavelmente é porque chegaram a uma fase na vida de maior liberdade, de menos compromissos familiares. Provavelmente, não têm maridos, ou porque enviuvaram, ou porque se separaram, ou porque não querem mesmo. Se têm filhos, já estão criados. Se podem viajar, ou estão aposentadas, ou então têm uma reserva de dinheiro advinda de poupança ou de trabalho remunerado. Se não forem brancas, provavelmente terão menos mobilidade, devido à desigualdade social e financeira, mas a mesma - ou ainda mais - solidariedade com outras mulheres. 
Foi tudo isso que o médico esqueceu de levar em conta. Que as mulheres têm uma sobrecarga de afazeres muito maior que a dos homens, e só se libertam dela na maturidade da vida, quando o conseguem. Sua experiência com cuidar, ainda que quase sempre imposta culturalmente, acaba se revertendo em favor delas. Já os homens, acostumados ao cuidado feminino, muitas vezes se veem sem saber o que fazer quando não o tem mais, e alguns se amarram a relacionamentos para garantir esse cuidado. 
Por sorte, os debates antipatriarcais têm possibilitado que novas gerações de mulheres se deem conta da sobrecarga injusta e absurda cada vez mais cedo, o que pode ocasionar maior liberdade feminina. As mulheres mais velhas, por seu lado, estão justamente lutando para serem vistas em sua potência, não apenas como mães, avós, viúvas, mas como mulheres que continuam a viver plenamente. O tal médico não toca nesse tema em nenhum momento do vídeo - ou seja, não está sequer a par desse debate tão importante que temos vivido, contra o etarismo, outro elemento que atrasa a conquista da liberdade e da equidade social, principalmente para as mulheres. O etarismo que acomete os homens é de outra natureza, normalmente mais tardio, quando então se ajunta ao capacitismo enfrentado pelos velhos. No caso das mulheres, a questão da idade se relaciona sobretudo com o apagamento social desde os 40 anos - não devemos usar tal corte de cabelo ou tais roupas, não devemos nos comportar de tal forma; só nos resta nos recolhermos a um canto, enquanto cuidamos de alguém ou a morte não chega. 
Em coisas simples é que vemos a mudança de visão feminina sobre a idade: assumir os cabelos brancos, algo que foi potencializado na pandemia, é um símbolo de tomar a vida nas mãos sem se preocupar com a opinião alheia. Na esteira, vem a liberdade de não se igualar a modelos macérrimas, a não se ocupar demais em disfarçar os sinais próprios da idade, como manchas na pele ou curvas a mais. Claro que não é só sobre a aparência, mas a aparência, no caso das mulheres, tem sido há tanto tempo um norteador de comportamento que nada mais justo que nós, mulheres, possamos dizer como queremos que ela seja: a de cada uma, diversa, exclusiva, marcada por existências próprias. 

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Um lindo dia na vizinhança com amigos

O título é uma referência ao filme com Tom Hanks sobre um episódio na vida do apresentador Fred Rogers, que preconizava atitudes positivas entre os pequenos, público-alvo de seu longevo programa televisivo. O nome do filme foi o mais próximo a que cheguei para traduzir um dia festivo com os amigos no final de semana passado.
Jojô fez aniversário e quisemos comemorar com ela. Ela teve a ideia incrível de irmos visitar um meliponário, ou apiário, em Malhadas, distrito de Mata de São João, e depois almoçarmos perto dali, no restaurante do Martim, ou Martins. Guga não foi, por medo de ser acometido por uma dor de dente mais forte, então levei Lulu, que está nos visitando. 
E foi tudo demais de bom. Eu, alérgica a picadas, me deixei tocar pelo voo macio das uruçus nordestinas, que fabricam o mel mais gostoso da Terra. Conhecemos as minúsculas jataís, cujo mel deve ser o mais caro de todos (300 reais o litro); descobri que a abelha pretinha, urupuá, é meio que uma mosca, em seus modos, polinizadora - o mel dela não se consome. Existe a abelha limão, cuja natureza é somente a de saquear as colmeias alheias e roubar o alimento das colegas. E soubemos que as abelhas, tão espartanas, expulsam as imperfeitas, não se misturam com outras espécies e decepam as invasoras com suas mandíbulas (!). 
Jojô fez aniversário e nós é que ganhamos presente. 

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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