E então a Covid bateu por aqui, no final do segundo tempo. Quase dois anos de proteção, com máscaras, álcool em gel, evitando aglomeração e saídas desnecessárias, ansiando pela vacina e tendo, finalmente, conseguido tomar as 3 doses. Provavelmente, veio com o enteado no voo em que ninguém foi cobrado dos comprovantes de vacinação e menos ainda da testagem PCR.
Três dias depois da chegada, Guga perdeu o olfato. Tinha tido gripe, com um pouco de febre, antes da chegada de Guiga. No mesmo dia em que o pai deixou de sentir cheiros, Guiga teve um pouco de febre e dor leve nas articulações. Depois do choque da revelação e de meu sogro ir buscar informações no posto de saúde, lá foram os dois fazer teste rápido na UBS. Por sorte, o resultado saiu em 15 minutos. Positivo para os dois. E daí partiu a segunda caravana para testagem: eu, sogros, avó de marido, cuidadora da avó. Negativamos. Me mudei pra casa da sogra, deixei pai e filho em conversas mais profundas, não exatamente fáceis.
Eu já tinha queimado a perna no escapamento da moto na outra semana, peregrinei em busca de um curativo para queimadura de segundo grau, cheguei a ir ao posto lotado para que um médico desse uma olhada no ferimento, mas saí por insistência do marido, que achou que eu podia pegar Covid. Voltei pra casa sacolejando na moto, com muita dor na perna e com o incômodo que só uma mulher conhece de um absorvente íntimo mal colocado, benzadeus. No outro dia, arrematei todos os curativos hidratantes que encontrei numa loja de produtos hospitalares.
Antes do diagnóstico de Covid, o marido sentiu uma coroa do dente soltar enquanto almoçávamos. E inventou de perguntar: o que mais falta acontecer?
Aconteceu a Covid. Imagino como seria sem a vacina. Só me ocorre agradecer ao SUS, que ainda por cima nos proporcionou testagem rápida de alta tecnologia e um ótimo atendimento. Isso já vale para que 2021 não tenha sido completamente perdido.
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