Afinal de contas, garotas e garotos, homens e mulheres de hoje estão "se pegando", "se catando" ou "se conhecendo"? Já inquiri algumas pessoas a respeito e ouvi respostas diversas. Alguns creem que depende mesmo da faixa etária. Ou será que tem a ver com a profundidade da "relação"?
Tenho cá pra mim que são as duas coisas e também a frequência dos "encontros". Por exemplo, até duas vezes os envolvidos estão se "catando", especialmente os mais jovens, em pleno ambiente baladeiro. Mais que isso, as pessoas estão se "pegando" - já fora da balada, longe da turma e de olhares curiosos etc. Os mais velhos com algum horror de comprometimento dirão que estão "se conhecendo" - no sentido bíblico, obviamente.
De novo, uma oportunidade de nos encantarmos com os malabarismos feitos com as palavras, que vão ganhando outros sentidos de acordo com o interesse do usuário, o tal "deslizamento semântico" seguido pela "consagração pelo uso". Ou é só uma chance de perceber que as coisas mais simples e naturais podem ser travestidas de outras - o tal autoengano, em uma de suas variadas formas.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
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