sábado, 15 de maio de 2010

O assunto da vez

O bullying afinal estampa as capas de revistas, páginas de jornais, os noticiários. Como no caso do garoto de Porto Alegre que foi morto na última semana, por ser grande e gordo, alguém fora dos supostos padrões de aceitação social. Mais um crime sem justificativa além da do preconceito, por si só algo injustificável.
O verbo to bully significa "atemorizar ou ferir alguém mais fraco", "obrigar alguém a fazer algo por medo". O bullying é, portanto, o constrangimento finalmente institucionalizado. Sim, porque ele sempre existiu, na forma da intolerância - étnica, religiosa, sexual, de gênero. Ao longo do tempo, uma prática sempre abominável de todos os que se sentem ameaçados pelo diferente.
É preciso, porém, tomar cuidado com o termo e todas as extensões semânticas que ele acarreta. Uma coisa é fazer piada com ele, atribuindo-lhe deliberadamente sentidos absurdos para dessignificá-lo (o que não quer dizer, de maneira alguma, ignorar a dimensão do problema, que precisa mais e mais ser combatido); outra, completamente diferente, é espalhar sentidos que ele não tem só para fazê-lo caber em qualquer situação (como o chatíssimo politicamente correto). Aí não, cocada!

2 comentários:

  1. Enquanto o assunto é discorrido por todas as mídias como algo a ser levado a sério, principalmente por pais de adolescentes que são as principais vítimas, outros usam a palavra para defender as idiossincrasias alheias. Dai-me paciência!

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  2. É isso mesmo, Jana - uma das desvantagens da comunicação aluciante de hoje é termos de ouvir tanta bobagem quando temos um problema tão sério pela frente!
    Besitos!

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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