A ideia de bordar também tomou forma quando fui ao armarinho muito antigo aqui perto de casa, administrado por duas velhinhas e um velhinho. Cheguei sem saber direito o que pedir (tamanho de agulha, tipo de linha). Nem mesmo ter encontrado um manual de bordado on-line (como sou feliz de viver na época da internet sem ser fã do "face" - em outro post explico por quê) me impediu de gaguejar na hora de fazer o pedido do material. Uma das senhorinhas me deu umas dicas e me apresentou caixas de linhas ORGANIZADAS POR COR, UMA MAIS LINDA QUE A OUTRA! Pirei, claro. E comprei várias meadinhas coloridas, mesmo sem saber que bicho ia dar. E duas agulhas (não sei o número), e 1,5m de cânhamo (não soa chiquérrimo? sabiam que é a planta da maconha? éééé!). E saí abrindo caminho livremente, sem seguir o que dizia o manual sobre os pontos, primeiro para ver se curtia. Trapaceei um pouquinho usando tecido, uma coisa que adoro desde que trapaceei com ele nas ilustrações do curso do Odilon Moraes e do Fernando Vilela no Tomie Ohtake.
E gostei. É terapêutico, inclusive o fazer e desfazer (com o qual não tenho problema se for para chegar a um bom resultado). É divertido. O bordado é fotogênico (o avesso dele está parecendo um filme de terror, mas a frente até ficou fofinha).
Portanto, já meti as caras - e, incrível, só furei o dedo uma vez.
Agora é só aprender, né?
Que lindo, Sô!!! Você é uma verdadeira Ariadne!!! Já pode começar o livro bordado.
ResponderExcluirbeijos!
Obrigada, Tam! Puxa, esqueci da Ariadne, imagina! Depois que tinha escrito é que me lembrei. Bueno, vou postar só sobre ela. :)
Excluirbeijocas!
ADOREI!
ResponderExcluirMuito boa a ideia de misturar tecidos ao bordado.... Vamos combinar?
O unico bordado que nao faz a minha cabeca eh o ponto em cruz.... Odeio, por causa do avesso.... Mas os outros tipos..... Aiiii que delicia....
Ká, pensei muito em você, por conta da história da máquina de costura! Quem sabe não fazemos um livrinho juntas?
Excluirbeijos!
Começou brilhando, Sô! Parabéns!
ResponderExcluirE essa conversa sobre a narrativa, e as mulheres, e o bordado... me lembrou um trecho do Asas do desejo, em que o velho Homero, que ninguém mais ouve contar histórias em volta da fogueira, se pergunta: haverá um dia uma narrativa sobre a paz?
E nós, que aqui estamos, temos histórias e queremos contá-las, aceitamos esta faina?
Beijos,
Marisa
Que lindo, Má! Amo esse filme! Sim, contemos as histórias que temos dentro de nós! Que no final das contas, ao voltar a reunir pessoas em volta das fogueiras, reais ou virtuais, essas narrativas promovam a paz.
Excluirbeijos!
Adorei mais esse autorretrato, Sol! Vc foi à última Bienal? Havia vários trabalhos sobre tramas, tecituras, tear... Acho que anotei alguns nomes, não sei agora onde. Vou buscar e te passo. Geniaiis os trabalhos, os que vi lá e o que vejo aqui!
ResponderExcluirBjs
Wagner
Ai que saudade docê! Não fui à última Bienal - ensaiei, ensaiei e perdi (aliás, promessa de ano-novo é não ficar mais marcando passo e perder o trem). Me mande os nomes sim. Me ligue pra marcarmos café e conversa?
Excluirbeijos