Quando chegamos aqui, Guga comprou uma bike. Foi guiado pelo preço. Boazinha, aro 26. Mas, claramente, não estava satisfeito com ela. Pequena para ele, câmbio bem mais ou menos, marchas que não mudavam na subida. Ela mais ficava encostada do que em movimento. Nem nome tinha, como minha LaBelle.
Como já disse, comecei a ir ao pilates de bike. O marido da minha professora comentou que pedalava a sério, eu comentei sobre meu marido que queria retomar as atividades físicas. Guga já queria mudar de bicicleta, mudou, comprou a Pretinha, comentei com Wendel, e pronto - logo resolveram formar uma dupla de pedal.
Isso foi ótimo para ele, e também para mim, e para nós. Quando ele não está treinando, damos um pedal até a praia. Das vezes que pedalei com ele, comecei a tirar mais da minha bike também. Utilizava as marchas incorretamente até então. Até comecei a emagrecer. Guga tem feito trilhas cada vez mais intensas, aprendendo a respeitar seus limites. Muito, muito bom.
Mas há uma coisa que pedalar me ensina e que se estende para tudo o mais na vida: a seguir minha respiração, o meu ritmo. Ao contrário do que aconteceu em Mendoza, quando caí da bicicleta e me estabaquei porque estava ansiosa por seguir o parceiro que ia se distanciando, e sem atentar para o que me dizia respeito, agora sigo a mim mesma. Atenta aos outros ao meu redor, mas ocupada apenas de mim, de onde estou e onde quero chegar. Essa é a melhor de todas as lições que pedalar me traz.
sábado, 26 de novembro de 2016
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
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