Quem será que inventou as promessas de final/começo de ano? Serão um desdobramento da culpa judaico-cristã? Com certeza, coadunam-se com as faxinas, esvaziamento e organização de gavetas, happy-hours apressadas com amigos que não vemos o ano inteiro (o coroamento daquele cafezinho prometido por meses!), consultórios médicos e laboratórios de análises clínicas lotados etc. ao fim de mais 365 dias de vida.
Isso é ruim? Claro que não. Mas pode ser menos estressante (e eu não vou acreditar se me disserem que fazem assim por causa da "adrenalina"), se tudo isso for espalhado ao longo do ano: cuidados consigo, com os outros e com seu espaço. A essa proposta, ouviremos a ladainha da falta de tempo (sobre a qual já palpitei em texto que mora no blog http://seroquesoa.blogspot.com/, vizinho deste).
De todo jeito, que bom é fazer promessas que pretendemos cumprir! Porque isso é sinal de que ainda temos esperança - que é, afinal, o que nos faz acordar e viver a cada dia.
(O título da postagem, claro está, é uma homenagem a Anselmo Duarte, que morreu em 2009, 47 anos depois de transformar a obra de Dias Gomes em filme homônimo - na minha modesta opinião, um dos mais tocantes do cinema brasileiro)
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
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