Wagner Priante inaugurou no dia 5 sua Eu ofereço. A exposição ficará na Passagem Literária da Consolação até final de setembro.
Muito a propósito, as belas peças de cerâmica evocam diferentes momentos de um rito de passagem, saudam a natureza, o ancestralismo tão esquecido em nós, em nossa correria cotidiana. E nos convidam à quietude.
O espaço escolhido, aliás, é percorrido pelos paulistanos que querem se ofertar um caminhar mais vagaroso, sem a ameaça das buzinas lá de cima - minutos a mais numa curta passagem subterrânea: uma diferença enorme no mundo do tempo escasso da superfície. E não é ilusão a música clássica no meio de livros e obras de arte.
Wagner me contou que, enquanto montava a exposição, um garotinho, que provavelmente passa por ali todos os dias, a caminho da escola, disse para a mãe que "daquelas ele gostava". Que melhor crítico, de olhos treinados mas desprovidos de vícios, poderia haver?
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
Ah, alvíssaras! Wagner Priante para todos! Adorei.
ResponderExcluirAdorei, Sol. Mas sou suspeito... Mas que os olhares sejam compartilhados. bjs
ResponderExcluirOi, Sô, Wagninho, ontem, lendo um artigo do filósofo e mitólogo Marcos Ferreira dos Santos, li uma transcrição do yanomami Davi Kopenaua que me tocou muito:
ResponderExcluir"o ocidental necessita da palavra escrita pois sua palavra está repleta de esquecimento, o que já não ocorre com a palavra ancestral: ela vive em nossa alma, nossa pele, nossos pensamentos."
Viva a palavrimagem ancestral, que nos cala na pele.
E tatua nossa alma.
ResponderExcluirViva!
beijos
Uau, isso tudo, a exposição e o que vocês disseram, é pura poesia viva... Viva a poesia(,) viva!
ResponderExcluirDi, se puder, vá visitar com a Ná - aproveite que estão pertinho. :)
ResponderExcluirbeijos,
Sô