Um dos ingredientes por que me apaixonei nos últimos tempos foi o shitake. Como aconteceu com a berinjela , fiz recentemente várias receitas com esse cogumelo típico de pratos orientais que ganhou espaço na culinária do mundo todo. O shitake é fácil de cozinhar (quem não experimentou grelhado no shoyu não sabe o que está perdendo), tem um gosto suave e, ao mesmo tempo, um perfume marcante.
Uma combinação bombástica é a pasta com shitake. Fiz penne ao molho de shitake com vinho branco e creme de leite. Aliás, não é preciso muito: refogar cebola e alho na manteiga e então colocar o shitake cortado em tiras, com um pouquinho de salsinha, e misturar à pasta pronta já garante um jantar gostoso e fácil de fazer. Omelete com queijo, um pouco de tomate e shitake fica igualmente bom, para um almoço rápido, saudável e mais sofisticado, acompanhado de salada verde. O cogumelo na manteiga também pode cobrir um bom corte de carne preparado na chapa e fazer dupla com arroz selvagem e amêndoas. Tudo de bom.
No final de semana, fiz um risoto com shitake e shimeji, que ficou ótimo (já pensei em algumas variações para logo). Ainda mais gostoso acompanhado por um vinho Chardonnay/Pinot Blanc/Pinot Grigio e seguido pelo brownie delicioso feito por Guga.
Eu, que faço experimentações sazonais, tenho confirmado que para ter um prato gostoso e apresentável não é preciso uma porção de ingredientes exóticos ou caros reunidos. Sabem aquela história de que uma roupa de bom corte com o acessório certo garante o sucesso de quem a usa, mais que se fantasiar de árvore de Natal? Less is more também na cozinha: contam a qualidade dos produtos (não necessariamente caríssimos, mas com certeza honestos) e a correta distribuição de "sabores", diretamente ligada à intuição e ao paladar do chef. Seguindo essa receita, podem acreditar, qualquer prato é possível e digno de elogios, com ou sem enfeites, para sorte dos convivas. E do chef.
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
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