John Pizzarelli é um showman no melhor sentido da palavra. Com repertório eclético e bem selecionado (clássicos do jazz na linha Ellington e Gershwin, ritmos mais suingados e toques de bossa nova em canções de Joni Mitchell, só para citar alguns exemplos), bela e afinada voz (afinal, nem todo bom músico canta bem - já faço exceção aqui a Ron Carter, com sua voz entre veludosa e soturna, linda, cantando My funny valentine), bom humor na medida, Pizzarelli consegue acrescentar ousadia e elegância ao seu inegável apuro técnico.
O pianista que o acompanha, Larry Fuller, também arrasou no show, com dedos que se multiplicavam pelo teclado enquanto braços e ombros quase pareciam não se mexer. O baterista, segundo Guga, lembrava o Luigi do Mario Bros, e era burocrático como um funcionário público (aliás, lembrava também o protagonista funcionário público do filme Guantanamera) - mas não chegou a atrapalhar. O baixista, irmão de Pizzarelli, é bom, embora o baixo estivesse muito "baixo".
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