No táxi, ansiosa para chegar logo à segunda agência dos correios antes de seguir para outro compromisso. O taxista para na faixa de pedestre (o que já é um milagre) à espera da travessia da mãe e da filha que acabou de sair do colégio. A mãe faz uma cara cômica de indecisão, enquanto a pequena de 8 ou 9 anos vai puxando a mãe pelo braço e com a mão livre faz para o taxista o gesto "do pedestre" (tipo patientez, patientez!) infinitamente.
Me perco olhando para ela, e acho que já estou sorrindo quando ela me vê. Parece até que diminui os passos antes de chegar à outra calçada; olha bem para meus olhos, sorri também e me faz um gesto de OK/afirmativo/curti. Parece que sabe que preciso continuar acreditando, e ela me ajuda a acreditar.
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
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