Quando assisti ao filme Corra!, de Jordan Peele, tive, além da sensação de estar vendo algo incrível e revelador e original, a surpresa com alguém conseguir traduzir por meio de imagens o que acontece comigo quando caio em sono profundo. No caso do filme, o protagonista cai em um abismo interior por meio da hipnose (spoiler!) e tem muita dificuldade em sair dali - vemos o corpo caindo lentamente em um espaço negro e sem fundo, uma mistura de espaço sideral e profundezas do mar. Exatamente como me sinto à tarde, há alguns anos, especialmente depois do almoço! Meus olhos parecem ter sido selados, o sono é irresistível e só tenho tempo de me arrastar até a cama antes de cair nesse mesmo abismo da personagem de Peele.
Nas minhas lembranças, esse sono começou talvez no final da faculdade, não me lembro de um sono pós-almoço tão poderoso antes disso. Houve pelo menos dois episódios de não ter resistido ao sono diante de outras pessoas, durante uma aula na pós e em uma reunião de trabalho. De lá pra cá, quando voltei a trabalhar em casa, pelo menos tinha a cama para a siesta quando começava a pescar na frente do computador. O problema é que acabo dormindo umas duas horas, às vezes mais. E a sensação é mesmo de cair em um abismo sem fim.
Até pensei que poderia ser sintoma de uma depressão leve - o marido agora diz que é excesso de carboidrato -, mas isso me leva à pergunta: será que tenho depressão há tempos e não sabia?
Até pensei que poderia ser sintoma de uma depressão leve - o marido agora diz que é excesso de carboidrato -, mas isso me leva à pergunta: será que tenho depressão há tempos e não sabia?
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