sábado, 20 de junho de 2020

Meu sono traduzido no filme "Corra!"

Quando assisti ao filme Corra!, de Jordan Peele, tive, além da sensação de estar vendo algo incrível e revelador e original, a surpresa com alguém conseguir traduzir por meio de imagens o que acontece comigo quando caio em sono profundo. No caso do filme, o protagonista cai em um abismo interior por meio da hipnose (spoiler!) e tem muita dificuldade em sair dali - vemos o corpo caindo lentamente em um espaço negro e sem fundo, uma mistura de espaço sideral e profundezas do mar. Exatamente como me sinto à tarde, há alguns anos, especialmente depois do almoço! Meus olhos parecem ter sido selados, o sono é irresistível e só tenho tempo de me arrastar até a cama antes de cair nesse mesmo abismo da personagem de Peele. 
Nas minhas lembranças, esse sono começou talvez no final da faculdade, não me lembro de um sono pós-almoço tão poderoso antes disso. Houve pelo menos dois episódios de não ter resistido ao sono diante de outras pessoas, durante uma aula na pós e em uma reunião de trabalho. De lá pra cá, quando voltei a trabalhar em casa, pelo menos tinha a cama para a siesta quando começava a pescar na frente do computador. O problema é que acabo dormindo umas duas horas, às vezes mais. E a sensação é mesmo de cair em um abismo sem fim.
Até pensei que poderia ser sintoma de uma depressão leve - o marido agora diz que é excesso de carboidrato -, mas isso me leva à pergunta: será que tenho depressão há tempos e não sabia? 

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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