sexta-feira, 7 de maio de 2021

Éclair anos depois e polpetone

Fiz éclair só uma vez em casa, há alguns anos, e me pareceram satisfatórios. Segui a receita do livro do Sebess de confeitaria. 
Aí resolvi repetir, mas seguindo uma receita da Dani Noce, que pra mim é uma guru da confeitaria e podia dar umas dicas preciosas. 
Segui o máximo que pude a receita, e não deu certo. A massa embatumou. Fiz de novo. Embatumou de novo. Consultei o site da Raiza Costa, meu livro da Ladurée, o livro do Sebess, pra ver onde tinha errado. Com exceção do livro do Sebess, todo mundo falava em fazer a massa perder vapor para ficar mais sequinha e assim criar os alvéolos próprios da pâte à choux. Tinha a questão do tempo e da temperatura também. Não me lembrava nem do vapor nem da demora no forno. Mas segui as novas dicas. 
A massa, na terceira vez, cresceu, murchando só um pouco na saída, após quase 40 minutos. Creio que não se deve tirar do forno em tempo nenhum (embora a Dani diga pra se fazer isso para furar o fundo e devolver os éclairs ao forno). Também a velocidade da batedeira deve contar - usei a de mão, que é muito mais rápida que a grande, e isso pode ter aumentado as cadeias de glúten, o que, imagino, não é desejável. 
Fiz um creme de confeiteiro delicioso, mas acabei doando pra sogra, já que entre as duas primeiras tentativas e a terceira se passou uma semana, e eu não queria jogá-lo fora. Na terceira tentativa, fiz um outro, outra receita, que não ficou tão consistente. O fondant também poderia ter ficado mais firme. 
Mas, enfim, ficou gostoso. Não perfeito, mas aceitável para sobremesa de um jantar e melhor que a da Perini. 
Aliás, o jantar foi realmente salvo pelo polpetone, que fiz rapidinho, pá pum, inclusive usando na massa de carne um pouco de pâte à choux encalhada. Pimenta, sal, um pouquinho de mostarda Dijon, uma gema, e filetes de queijo no meio. Muito molho em volta, e levei para assar uns 30 minutos. Ficou muito, muito bom. 

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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