Muita, mas muita gente mesmo começou a comprar mais pela internet durante a pandemia. Eu, que já comprava porque aqui não temos serviço de entrega postal, aumentei ainda mais o volume de compras. Normalmente, deram certo, com entregas no prazo e produtos corretos.
Nas últimas semanas, porém, tive alguns problemas. Comprei um sapato da Insecta Shoes, uma loja de sapatos veganos, para saber somente duas semanas depois que ele não estava disponível; o monitor cardíaco da Garmin que comprei na loja oficial chegou e não liga; um vestido da Complexo B, uma marca carioca de que gosto muito, que foi trazido pelo próprio Beto, um querido, veio com defeito no corte (tive que trocar todos os botões de lugar para alinhar o barrado da estampa, que formava um "degrau", além de refazer um lado da bainha e aplicar uma pence na gola do outro lado) - por alguns momentos, o vestido, tão bonito, até perdeu a graça.
Me parece que o excesso de demanda de compras on-line gera essas confusões/desatenções - imagine quantas pessoas como eu estão fazendo a mesma coisa? Talvez isso explique alguém não conferir a qualidade do produto ou mesmo o estoque. Também essas quebras de expectativas vêm me lembrar de comprar menos. Precisava de sapatos e vestidos? Certamente, não. E a questão realmente não é simplesmente reclamar, mas refletir sobre o consumo em si, as partes envolvidas e que tais - até porque, com relação aos pequenos empreendedores, só tenho tido surpresas boas, nos cuidados com o pedido, com o produto desde a fabricação, passando pela embalagem e envio até o acompanhamento de feedback. Uma das diferenças talvez seja justamente a pouca pressa, esse modo slow de produzir e comerciar, sem desespero, com atenção aos detalhes e à qualidade.
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