sexta-feira, 22 de abril de 2022

Sopa de maní

Lá no Instagram do Carlos Alberto Doria, um dos mais conhecidos pesquisadores da culinária brasileira, vi uma foto de sopa de amendoim. Uma moça até pediu a ele a receita, mas ele se negou, dizendo que era de um restaurante boliviano nos Campos Elíseos. 
Quando bati os olhos, imaginei que fosse bem bom o prato. Fiz uma pesquisa, achei várias receitas na internet, bem diferentes entre si, concordando quanto ao uso de uma carne (frango ou bovina), batata e o amendoim propriamente dito, via de regra cru e demolhado por umas tantas horas. Acabei chegando a uma versão simplificada que uma argentina fez da receita da vencedora do Masterchef Argentina - e simplifiquei um pouco mais, inclusive usando amendoins tostados e demolhados em água quente. Não usei caldo de legumes ou de carne, porque não tinha, mas o refogado de cebola, alho, pimentão e cenoura com certeza ajudou. Fiz batata palha caseira, com batata-doce, e usei coxa e sobrecoxa, que primeiro dourei no azeite antes do refogado e de acrescentar água quente para cozinhar. Foi mais ou menos assim: 700 g de coxa e sobrecoxa com osso, 2 batatas pequenas, 1 batata-doce grande ralada, 1/2 pimentão vermelho picado, 1 cenoura pequena descascada e cortada em cubos, 1 cebola pequena picada, 2 dentes de alho descascados e picados, 250 g de amendoim tostado e sem casca, sal e pimenta a gosto. Quando tirei a carne, já cozida, para desossar, aproveitar para mixar um pouco a sopa com legumes e já acrescida do creme de amendoim, batido no liquidificador com água.
Retornei a carne desossada para o creme, deixei cozinhar mais uns cinco minutos, daí coloquei salsinha e, na hora de empratar, coroinhas de batata palha. Sucesso absoluto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

Arquivo do blog