Juro que tem uma pessoa morando aí dentro.
Imagina se Kassab e Alckmin veem uma coisa dessas? Quantas ideias mirabolantes não irão surgir?
sexta-feira, 30 de março de 2012
E o meu direito de ir e vir?
Gente, está difícil! Para conjugar o verbo "andar" em São Paulo é preciso ir ao país dos Arcaísmos, lá onde Emília esteve há tempos... "Ir" e "vir" também em breve cairão no esquecimento, como mostram as fotinhos.
E mais não digo, que cansei de ficar parada. Ufa!
sábado, 24 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Gourmandise XV - Restaurant Week - Sotero
Pois então - falei do Sotero há pouco, e gostei muito do lugar, na primeira visita. Fomos uma segunda vez, no primeiro dia da Restaurant Week, e o atendimento foi uma comédia. Dois garçons, um pouco e um nada experiente, cheios de rapapés, nos atendiam simultaneamente, com a casa ainda vazia. Depois, tiveram uma súbita clareza de que não estávamos participando da Restaurant Week e nos abandonaram. Um deles só aparecia para nos servir cerveja, e, quando pedíamos algo para beliscar, sumia de novo.
Decidimos então voltar lá para participar da Restaurant Week (e conferir como seríamos atendidos). Foi pior. No início tudo parecia bem, mas à medida que a casa foi ficando cheia os atendentes perderam o controle (e lá estava novamente o moço que queria nos servir Original). O próprio chef Sessenta veio falar conosco, se desculpando pelo atendimento. Houve um momento em que todos os garçons sumiram - deviam estar levando uma bronca na cozinha. Até houve uma garçonete - a terceira para quem pedíamos a sobremesa e o café - que disse que "ia pedir demissão"(!!!). E o mix de sobremesas (doces variados para Guga e dois tipos de cocada para mim) acabou virando "mono". Que triste!
Isso não quer dizer que o Sotero não valha a pena - a comida é ótima, o local, acolhedor; os preços, bem razoáveis. Na nossa última visita, comemos uma deliciosa moqueca. Só falta acertar o passo na administração. Continuo torcendo para que isso aconteça logo.
Decidimos então voltar lá para participar da Restaurant Week (e conferir como seríamos atendidos). Foi pior. No início tudo parecia bem, mas à medida que a casa foi ficando cheia os atendentes perderam o controle (e lá estava novamente o moço que queria nos servir Original). O próprio chef Sessenta veio falar conosco, se desculpando pelo atendimento. Houve um momento em que todos os garçons sumiram - deviam estar levando uma bronca na cozinha. Até houve uma garçonete - a terceira para quem pedíamos a sobremesa e o café - que disse que "ia pedir demissão"(!!!). E o mix de sobremesas (doces variados para Guga e dois tipos de cocada para mim) acabou virando "mono". Que triste!
Isso não quer dizer que o Sotero não valha a pena - a comida é ótima, o local, acolhedor; os preços, bem razoáveis. Na nossa última visita, comemos uma deliciosa moqueca. Só falta acertar o passo na administração. Continuo torcendo para que isso aconteça logo.
Gourmandise XIV - Curry só para esquentar
Meu ingrediente da vez é o curry. Já fiz camarão e frango ao curry, e não há o que errar, principalmente porque há uma base cremosa que envolve os ingredientes principais (nos dois casos, creme de leite, ao qual se acrescenta pouco mais de uma colher de sopa de curry). Aliás, acrescentar maçã cortada em cubos ao frango, dica do Panelinha, deixa o prato maravilhoso, surpreendentemente leve apesar de picante.
Nesta semana, foi a vez do bifum (macarrão oriental à base de arroz, levísssimo, fininho) com carne - usei alcatra cortada em iscas. É preciso apenas cuidado com a hidratação da massa, que é muito delicada. Deixei só 2 minutos na água fervente (depois de ler dicas as mais disparatadas, de 1 a 15 minutos de hidratação) e escorri - a carne, refogada com cebola, alho, pimentão e cenoura (pré-cozida), temperada com curry, já estava pronta. Aí foi só misturar tudo, massa e refogado, e servir nas cumbuquinhas típicas (chawans) e comer usando ohashis.
Nesta semana, foi a vez do bifum (macarrão oriental à base de arroz, levísssimo, fininho) com carne - usei alcatra cortada em iscas. É preciso apenas cuidado com a hidratação da massa, que é muito delicada. Deixei só 2 minutos na água fervente (depois de ler dicas as mais disparatadas, de 1 a 15 minutos de hidratação) e escorri - a carne, refogada com cebola, alho, pimentão e cenoura (pré-cozida), temperada com curry, já estava pronta. Aí foi só misturar tudo, massa e refogado, e servir nas cumbuquinhas típicas (chawans) e comer usando ohashis.
domingo, 4 de março de 2012
Singularidades de um bairro - Liberdade
Domingo é dia da disputada feira da Liberdade. Tudo bem ficar de pé para comer guiozas ou bifum, debaixo do sol, se não quiser almoçar em algum restaurante típico. Depois é só tomar um Melona enquanto xereta as barraquinhas e lojas de cosméticos, de quinquilharias e artigos para casa. Ou comprar gulodices importadas dos Tigres Asiáticos nas mercearias da Galvão Bueno e rua dos Estudantes. Apreciar as belas flores e plantinhas vendidas por quem tem dedo verde, utensílios feitos de bambu ou patchwork caprichado. E curtir a simpatia de batians e ditians, sorridentes e sábios, uma fofura (impossível não me enternecer e pensar nos avós que não curti).
Ouvir músicos populares, tirar a sorte no realejo. Comprar mangás e papel para origami (que tal os da Livraria Sol?). Tomar um café acompanhado de um doce irreal de tão bonito, na confeitaria Alteza, ou um mais hardcore, grandão, da Bakery Itiriki. Namorar os lindos futtons e porcelanas na vitrine, admirar a variedade de luminárias e kimonos para todos os gostos e bolsos. Aliás, todos os gostos moram na Liberdade - que nome melhor para um bairro onde cabem todas as tribos?
Ouvir músicos populares, tirar a sorte no realejo. Comprar mangás e papel para origami (que tal os da Livraria Sol?). Tomar um café acompanhado de um doce irreal de tão bonito, na confeitaria Alteza, ou um mais hardcore, grandão, da Bakery Itiriki. Namorar os lindos futtons e porcelanas na vitrine, admirar a variedade de luminárias e kimonos para todos os gostos e bolsos. Aliás, todos os gostos moram na Liberdade - que nome melhor para um bairro onde cabem todas as tribos?
Luminárias "ancestrais" convivem com linhas "modernas"; gente de toda parte passeia pela feira; lindo patchwork; ficar de pé para almoçar faz parte do programa; cores fortes em frutas e verduras (algumas identificadas somente por connaisseurs!); Liberdade para todos os gostos e sons (atenção à energia do cantor popular); um traço de passado no realejo; fofura do dia, o encantamento da garotinha diante do paso doble do pajarito que leu a sorte para nós.
sábado, 3 de março de 2012
Gourmandise XIII - Sotero Cozinha Original
Debaixo de chuva, fomos finalmente conhecer nosso vizinho Sotero, na Barão de Tatuí.
Além da lotação que já nos fez ficar sob o sol incandescente numa mesa da calçada em aclive, o Rota do Acarajé, nosso destino habitual no quesito comida baiana, anda muito caro. Eu já havia passado em frente ao Sotero algumas vezes, mas, depois que li sobre seu cardápio e preços, sugeri a troca de tabuleiros ao namorido e ele topou.
O lugar é amplo e despretensioso, o atendimento é bom e a comida é, de fato, ótima. O chef Rafael Sessenta, apresentador de um programa culinário na TV Salvador e autor do esgotado Lugar de homem é na cozinha, é uma simpatia e veio conversar com a gente (ele passa por todas as mesas para dar um olá). Quando soube que Guga era seu conterrâneo, trouxe um pão delícia com carne de fumeiro, almost paradise. Também rolou uma degustação de cachaça Itajibá, quase secreta.
Mas nosso pedido de fato foi uma porção de miniacarajés (6 unidades por 12 reais) com um vatapá que o namorido qualificou de "feito em casa", bem diferente mesmo do que se acha nas ruas de Salvador. Delicioso!
Depois seguimos com uma porção de escondidinho (20 reais, e dá para dois). À primeira vista, causa estranheza a consistência meio puxa-puxa do purê de aipim misturado com a carne seca, mas o gosto é muito, muito bom. Minha impressão é que Sessenta recupera sim os ingredientes originais da comida baiana (daí o nome do restaurante, Sotero Cozinha Original), mas procura inovar na montagem dos pratos. E por conta de buscar o original da culinária baiana é que ele não vai incluir o godó em seu novo livro - alega não ser um prato típico da região. What a pity!
Por fim, pedimos sobremesa (ainda voltaremos para provar os pratos). Guga foi de banana real (na verdade, 1/2 banana real, pois o pastel era pequeno), ótima, e eu fui de manjar. Primeira (e breve) decepção: a calda de ameixa estava azeda! Pedi a troca, e o próprio chef veio me trazer outro manjar, com calda de baba de moça, e desculpou-se pelo incidente/acidente. Aí sim, prosseguimos na sintonia de encantamento.
Torço para que o Sotero aumente sua clientela. Até lá, o serviço estará ainda melhor, pois qualidade gastronômica e simpatia eles já têm de sobra. E provavelmente o bairro terá seu charme aumentado com a chegada de outros vizinhos bacanas. Sorte a nossa.
Além da lotação que já nos fez ficar sob o sol incandescente numa mesa da calçada em aclive, o Rota do Acarajé, nosso destino habitual no quesito comida baiana, anda muito caro. Eu já havia passado em frente ao Sotero algumas vezes, mas, depois que li sobre seu cardápio e preços, sugeri a troca de tabuleiros ao namorido e ele topou.
O lugar é amplo e despretensioso, o atendimento é bom e a comida é, de fato, ótima. O chef Rafael Sessenta, apresentador de um programa culinário na TV Salvador e autor do esgotado Lugar de homem é na cozinha, é uma simpatia e veio conversar com a gente (ele passa por todas as mesas para dar um olá). Quando soube que Guga era seu conterrâneo, trouxe um pão delícia com carne de fumeiro, almost paradise. Também rolou uma degustação de cachaça Itajibá, quase secreta.
Mas nosso pedido de fato foi uma porção de miniacarajés (6 unidades por 12 reais) com um vatapá que o namorido qualificou de "feito em casa", bem diferente mesmo do que se acha nas ruas de Salvador. Delicioso!
Depois seguimos com uma porção de escondidinho (20 reais, e dá para dois). À primeira vista, causa estranheza a consistência meio puxa-puxa do purê de aipim misturado com a carne seca, mas o gosto é muito, muito bom. Minha impressão é que Sessenta recupera sim os ingredientes originais da comida baiana (daí o nome do restaurante, Sotero Cozinha Original), mas procura inovar na montagem dos pratos. E por conta de buscar o original da culinária baiana é que ele não vai incluir o godó em seu novo livro - alega não ser um prato típico da região. What a pity!
Por fim, pedimos sobremesa (ainda voltaremos para provar os pratos). Guga foi de banana real (na verdade, 1/2 banana real, pois o pastel era pequeno), ótima, e eu fui de manjar. Primeira (e breve) decepção: a calda de ameixa estava azeda! Pedi a troca, e o próprio chef veio me trazer outro manjar, com calda de baba de moça, e desculpou-se pelo incidente/acidente. Aí sim, prosseguimos na sintonia de encantamento.
Torço para que o Sotero aumente sua clientela. Até lá, o serviço estará ainda melhor, pois qualidade gastronômica e simpatia eles já têm de sobra. E provavelmente o bairro terá seu charme aumentado com a chegada de outros vizinhos bacanas. Sorte a nossa.
sexta-feira, 2 de março de 2012
Derretendo em São Paulo
Se estivesse mais magrinha, diria que vou me liquefazer nesse calorão. Mas, com um pouco mais de "substância", acho que vou me massifazer.
Acho que nunca vi/senti um calor assim em SP. Os ventiladores só fazem circular o bafo que entra pela janela, mas não conseguem empurrá-lo para fora. Quer dizer, um só não basta. E aqueles modelos portáteis de ar-condicionado ainda são bem caros. Ou eu preciso ganhar melhor? Pode ser, hein?
Acho que nunca vi/senti um calor assim em SP. Os ventiladores só fazem circular o bafo que entra pela janela, mas não conseguem empurrá-lo para fora. Quer dizer, um só não basta. E aqueles modelos portáteis de ar-condicionado ainda são bem caros. Ou eu preciso ganhar melhor? Pode ser, hein?
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla