A visita ao local, que começou nos anos 1980 por iniciativa do seu guardião até os dias de hoje, Miguel de Jesus Mota, é bem organizada apesar da nenhuma ajuda governamental - seis guias, coordenados por Renilson, filho de Miguel, se dividem entre os diferentes trechos, auxiliando os visitantes na descida íngreme pela escada de pedra aparada por cordas. Já havia um grupo à espera quando chegamos; recebemos nossos capacetes e as instruções de Renilson e lá fomos em busca de mais esse milagre da natureza.
Mesmo com a pouca luz, a visão da catedral de pedra que se tem da gruta é realmente impressionante. Todo mundo, todo guia de turismo já disse isso, não é? Mas é preciso ver para crer, se emocionar e calar. Eu estava lutando com minha Canon para ver se conseguia registrar alguma coisa, e nada. Só um clarão nas pedras próximas, nada de poço no meu visor. E então, quando o guia falava sobre a profundidade do poço, sobre os mergulhos que permitiram descobrir a razão da cor azulada do poço (ligada ao calcáreo que "pinga" do teto da gruta), fez-se o milagre: o raio de luz resolveu aparecer para nós, por cerca de dez minutos, tempo suficiente para nos fazer acreditar em algo muito acima de nós. A água ficou azul, e a refração da luz ainda permitiu duplicar a imagem no fundo. Melhor prender a respiração para ver por inteiro, deixar a imagem colar na retina para sempre, ou enquanto (e quanto) a memória permitir.
ë mesmo de uma lindeza que cala e encanta. Beijos, Li
ResponderExcluirLi, por isso acho que a melhor definição para o lugar é de catedral!
Excluirbeijos,
Sô