quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ao que nasce e nascerá

Às vezes acho que sou otimista, ou pelo menos uma pessoa esperançosa. Vejo milagres e sinais no cotidiano. Ainda acredito que existe gente do bem, mesmo que muita coisa me leve a crer no contrário. Boas notícias de todos os tamanhos me alegram. E gosto de planejar, de projetar, de plantar. No hoje, no agora, já iniciando mudanças, sonhos e desejos, na forma de desenhos, das minhas listinhas pinceladas de TOC, de ideias rascunhadas em vários pequenos cadernos (outra mania).
E descobri que o bordado me empurra para a realização de forma implacável. Impossível não querer cobrir o campo de flores, fazer vicejar o flamboyant e provocar os murmúrios do riacho (que eu quereria do tamanho do São Francisco se o tamanho do linho permitisse). Triste demais seria deixar o tecido para sempre desnudo, descolorido. Nesse desejo de transbordar beleza enquanto a linha persegue alegremente a agulha é que reside a mágica da criatividade: parece que, à medida que se cria, um manancial enorme vai ocupando os espaços internos, incontinente. E só resta deixar que ele extravase, fecundando tudo por onde passa.
Como a vida, que não deveria nunca ser contida.

8 comentários:

  1. E fecunda mesmo! Não só o seu tecido como o de outras pessoas também, a partir do seu trabalho! Beijo, Solange!

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    1. E você tem ajudado a tornar o "contágio" produtivo, Talita.
      beijos!

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  2. Que coisas mais lindas, tua escrita, teu tecer de cores, linhas, desenhos, sonhos, imaginação, Sô!!! Você me fez rebrotar meu olho d'água, que está muito timidozinho, obrigada, querida! E que coincidência, outro dia escrevi um textinho de memórias em que lembrava de um flamboiã da infância... Adoro essa árvore, com suas flores incandeadas! Beijo, querida!

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    1. Que bom, que bom, Tam! Eu mesma estou esperando que nasça ainda mais alegria desse fazer.
      beijos,

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  3. Ei! Retomou com vitalidade (ou furor - vc escolhe)! Fiquei felizinha, batendo palmas. Beijo, querida!

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    1. Torcida boa, querida e bem-vinda! Gosto da ideia do furor - estava faltando um cadim, e fez bem até pra pele! hehe
      beijos, beijos com saudades!

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    1. Gracias, Clau. A árvore ainda vai crescer, dar frutas e tal. beijos

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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