Às vezes acho que sou otimista, ou pelo menos uma pessoa esperançosa. Vejo milagres e sinais no cotidiano. Ainda acredito que existe gente do bem, mesmo que muita coisa me leve a crer no contrário. Boas notícias de todos os tamanhos me alegram. E gosto de planejar, de projetar, de plantar. No hoje, no agora, já iniciando mudanças, sonhos e desejos, na forma de desenhos, das minhas listinhas pinceladas de TOC, de ideias rascunhadas em vários pequenos cadernos (outra mania).
E descobri que o bordado me empurra para a realização de forma implacável. Impossível não querer cobrir o campo de flores, fazer vicejar o flamboyant e provocar os murmúrios do riacho (que eu quereria do tamanho do São Francisco se o tamanho do linho permitisse). Triste demais seria deixar o tecido para sempre desnudo, descolorido. Nesse desejo de transbordar beleza enquanto a linha persegue alegremente a agulha é que reside a mágica da criatividade: parece que, à medida que se cria, um manancial enorme vai ocupando os espaços internos, incontinente. E só resta deixar que ele extravase, fecundando tudo por onde passa.
Como a vida, que não deveria nunca ser contida.
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
E fecunda mesmo! Não só o seu tecido como o de outras pessoas também, a partir do seu trabalho! Beijo, Solange!
ResponderExcluirE você tem ajudado a tornar o "contágio" produtivo, Talita.
Excluirbeijos!
Que coisas mais lindas, tua escrita, teu tecer de cores, linhas, desenhos, sonhos, imaginação, Sô!!! Você me fez rebrotar meu olho d'água, que está muito timidozinho, obrigada, querida! E que coincidência, outro dia escrevi um textinho de memórias em que lembrava de um flamboiã da infância... Adoro essa árvore, com suas flores incandeadas! Beijo, querida!
ResponderExcluirQue bom, que bom, Tam! Eu mesma estou esperando que nasça ainda mais alegria desse fazer.
Excluirbeijos,
Sô
Ei! Retomou com vitalidade (ou furor - vc escolhe)! Fiquei felizinha, batendo palmas. Beijo, querida!
ResponderExcluirTorcida boa, querida e bem-vinda! Gosto da ideia do furor - estava faltando um cadim, e fez bem até pra pele! hehe
Excluirbeijos, beijos com saudades!
Muito lindo So!
ResponderExcluirGracias, Clau. A árvore ainda vai crescer, dar frutas e tal. beijos
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