Em termos de aparência, os cookies rechonchudos me enchem mais os olhos, como o de chocolate e avelã que fiz outro dia. Mas, em termos de sabor, este de aveia e cacau com gotas de chocolate meio amargo ficou muito melhor. Ainda ficou com a consistência puxa-puxa maravilhosa dos bons cookies.
Estava em busca de uma receita de cookies de aveia, de preferência que adicionasse gotas de chocolate, e achei uma no Dedo de Moça. Só que queria acrescentar cacau, como fiz com os cookies de avelã, com base na receita do Figos e Funghis. Percebi que as duas receitas tinham proporções parecidas de ingredientes. Daí criei uma terceira receita, substituindo o farelo de aveia por farinha integral, adicionando baunilha e cacau e ajustando a quantidade de gotas de chocolate e manteiga. Ficou assim:
Ingredientes:
1 xícara (chá) de aveia em flocos
1 xícara (chá) de farinha integral
1/4 xícara (chá) de cacau em pó 100% (usei Malavério)
1 xícara (chá) açúcar mascavo
1 colher (sopa) de fermento químico
1 colher (café) de bicarbonato de sódio
1 colher (chá) de sal
1 ovo gelado
50 g de manteiga gelada cortada em cubinhos
1 colher (sopa) de extrato de baunilha
70 g de gotas de chocolate forneável (usei Callebaut, de novo!)
Preparo:
Em uma tigela, misture a aveia, a farinha, o cacau, o fermento, o bicarbonato e o sal; reserve. Em outra tigela, bata a manteiga até ter uma massa minimamente uniforme; ajunte o açúcar e bata mais um pouco. Acrescente o ovo e o extrato de baunilha. Em seguida, coloque os ingredientes secos, tomando cuidado com a nuvem de pó que deverá se erguer (eu misturo antes com uma colher antes de religar a batedeira). Quando tiver uma massa uniforme, acrescente as gotas de chocolate, misturando delicadamente, mas de modo a distribuí-las bem na massa.
Com uma colher de sorvete faça bolinhas (sem achatar muito) sobre um tapete de silicone arrumado em uma forma de bordas baixas e fundo grosso (própria para biscoitos). Leve a forma para a geladeira, por cerca de 45 minutos, coberta com um plástico filme. Nos 15 minutos finais, preaqueça o forno a 180 graus. Leve então os cookies ao forno por cerca de 15-20 minutos.
Mesmo que pareçam um pouco molengas, tire-os e deixe-os esfriar fora do forno. Logo estarão com aquela consistência perfeita de cookies e uma leve crocância dos flocos de aveia.
quarta-feira, 31 de maio de 2017
sábado, 27 de maio de 2017
Cookies de chocolate e avelã com gota única de Callebaut
De novo, a receita do Figos e Funghis, mas com uma xícara de chocolate em pó e mais 20 g de manteiga gelada, além de cerca de 1/2 xícara de avelãs processadas. Desta vez, não achatei com a colher, e eles ficaram gordinhos e macios. O único senão foi só ter lembrado das gotas de chocolate depois de ter colocado a massa sobre o silpat - fiquei com medo de desandar tudo, e só coloquei uma gotinha de Callebaut em cada um, sob os protestos do marido.
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quarta-feira, 24 de maio de 2017
A saga do vestido e o lindo sim
No último Natal, fomos convidados para ser padrinhos de casamento de Binho, amigo de Guga das antigas. O pedido, fofo, feito com uma lousinha que ainda guardo e chocolates, que duraram poucos minutos.
Pouco tempo depois, Nau, a noiva, me passou detalhes da cerimônia: casamento à beira da praia, madrinhas vestindo longo na cor salmão... Peraí - salmão? Sim, essa cor, que já foi uma das minhas favoritas na juventude, voltou à minha vida por conta desse casamento tão especial.
Até pensei em procurar um vestido em Sampa, já que ia para lá, mas não deu tempo. Achei que ia ser muito fácil encontrar por aqui, e quando Nau me perguntou se estava tudo em ordem, eu respondi, sem nenhuma dúvida, que "sim, claro". Depois ela me contou que eu fui a única madrinha a responder isso, que estavam todas à beira do pânico.
Bueno, quando fui a Salvador em missão especial para comprar ou alugar o vestido, vi que não seria tão simples assim. Salmão definitivamente não integra a cartela de cores deste outono/inverno. Também não estava nas lojas de aluguel de vestido, caríssimas, aliás. Quando soube o preço do aluguel, resolvi comprar um - também porque não conseguia me imaginar dentro de um daqueles vestidos oferecidos nas lojas de trajes de festa, com pedraria pesada, rebuscadíssimos.
A ideia de usar um vestido salmonamente fluido, de preferência de musseline, foi sendo abandonada à medida que eu me deslocava de táxi pelos vários bairros soteropolitanos. O comprimento era outro senão. Quando havia a cor em um modelo mais descolado, o vestido era muito curto. Se pudesse ser estampado, facilitaria. Mas não podia.
Acabei encontrando algo com a minha cara numa loja da Farm. Um vestido rendado, romântico, num tom mais escuro, entre o coral e o rosa sândalo, e que precisaria de uma combinação como forro. Mesmo assim, não completamente convencida (e talvez porque goste de uma epopeia), ainda fui buscar outras opções. Quando decidi voltar ao tal vestido, procurei na Farm de outro shopping, e não havia lá o modelo. Tive de voltar ao primeiro shopping - uma outra vendedora me atendeu, e ela não sabia a qual vestido eu me referia. Disse a ela para procurar no depósito. Ela voltou com um modelo nada a ver, branco. Olhei pra ela, espantada - parecia uma pegadinha. Por fim, ela encontrou o modelo, e eu o agarrei para não soltar mais. Dois dias depois, enquanto Guga buscava seu modelito praiano (muuuuuuito mais simples, camisa branca e calça cáqui), eu ainda iria atrás de uma combinação em cor neutra, já que o vestido vinha apenas com uma de malha, "salmão" e curtinha.
Afinal, chegou o dia. Que não foi completamente tranquilo, pois tivemos de correr para a veterinária com Cong, acometido de piodermite bacteriana. Depois de sermos esfolados monetariamente, fomos nos preparar para o casório, torcendo para que não chovesse.
E foi tudo lindo. Os noivos, felicíssimos. Os padrinhos, alegres, aproveitando para se rever após muito tempo. Ouvi elogios à minha elegância (afinal, estamos sempre muito à vontade, e o vestido é mesmo um chuchu).
Ao final da saga, pude ouvir o sonoro sim de Binho e Nau. Testemunhar a emoção geral, fazer parte de toda aquela lindeza, do alto dos meus sapatos e do meu vestido quase salmão. O que, sem dúvida nenhuma, valeu toda a aventura.
Pouco tempo depois, Nau, a noiva, me passou detalhes da cerimônia: casamento à beira da praia, madrinhas vestindo longo na cor salmão... Peraí - salmão? Sim, essa cor, que já foi uma das minhas favoritas na juventude, voltou à minha vida por conta desse casamento tão especial.
Até pensei em procurar um vestido em Sampa, já que ia para lá, mas não deu tempo. Achei que ia ser muito fácil encontrar por aqui, e quando Nau me perguntou se estava tudo em ordem, eu respondi, sem nenhuma dúvida, que "sim, claro". Depois ela me contou que eu fui a única madrinha a responder isso, que estavam todas à beira do pânico.
Bueno, quando fui a Salvador em missão especial para comprar ou alugar o vestido, vi que não seria tão simples assim. Salmão definitivamente não integra a cartela de cores deste outono/inverno. Também não estava nas lojas de aluguel de vestido, caríssimas, aliás. Quando soube o preço do aluguel, resolvi comprar um - também porque não conseguia me imaginar dentro de um daqueles vestidos oferecidos nas lojas de trajes de festa, com pedraria pesada, rebuscadíssimos.
A ideia de usar um vestido salmonamente fluido, de preferência de musseline, foi sendo abandonada à medida que eu me deslocava de táxi pelos vários bairros soteropolitanos. O comprimento era outro senão. Quando havia a cor em um modelo mais descolado, o vestido era muito curto. Se pudesse ser estampado, facilitaria. Mas não podia.
Acabei encontrando algo com a minha cara numa loja da Farm. Um vestido rendado, romântico, num tom mais escuro, entre o coral e o rosa sândalo, e que precisaria de uma combinação como forro. Mesmo assim, não completamente convencida (e talvez porque goste de uma epopeia), ainda fui buscar outras opções. Quando decidi voltar ao tal vestido, procurei na Farm de outro shopping, e não havia lá o modelo. Tive de voltar ao primeiro shopping - uma outra vendedora me atendeu, e ela não sabia a qual vestido eu me referia. Disse a ela para procurar no depósito. Ela voltou com um modelo nada a ver, branco. Olhei pra ela, espantada - parecia uma pegadinha. Por fim, ela encontrou o modelo, e eu o agarrei para não soltar mais. Dois dias depois, enquanto Guga buscava seu modelito praiano (muuuuuuito mais simples, camisa branca e calça cáqui), eu ainda iria atrás de uma combinação em cor neutra, já que o vestido vinha apenas com uma de malha, "salmão" e curtinha.
Afinal, chegou o dia. Que não foi completamente tranquilo, pois tivemos de correr para a veterinária com Cong, acometido de piodermite bacteriana. Depois de sermos esfolados monetariamente, fomos nos preparar para o casório, torcendo para que não chovesse.
E foi tudo lindo. Os noivos, felicíssimos. Os padrinhos, alegres, aproveitando para se rever após muito tempo. Ouvi elogios à minha elegância (afinal, estamos sempre muito à vontade, e o vestido é mesmo um chuchu).
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