Fiz propaganda do curry verde para amigos do pilates outro dia, e acabei convidando a galera para provar aqui em casa.
Às vezes confundo um pouco as culinárias, e resolvi fazer uma sobremesa indiana para acompanhar o prato tailandês, que eu via como indiano, sabe Deus por quê - ou melhor, eu sei: por conta do curry. Quando ainda cria que o curry verde era indiano, fui atrás de uma salada que também acreditava indiana, mas que era tão tailandesa quanto o curry, a de mamão verde (por isso o filme vietnamita O cheiro do papaia verde, claro, seguindo o roteiro Sudeste Asiático). Para finalizar, lassi de manga - este sim, indiano, como o gajar ka halwa, doce de cenoura com leite.
Portanto, tivemos um almoço quase indochinês. O halwa fez um sucesso inesperado, deixando para escanteio o pudim de leite, que despedaçou ao desenformar. Como a luz tinha acabado ainda de manhã e voltou por volta das 15h (e cancelar o almoço, nem pensar!), consegui preparar o lassi, que é batido no liquidificador, apenas quando os convidados já tinham ido embora, uma pena. Aliás, só foi possível manter o almoço porque o marido se ofereceu para pilar os temperos todos da masala.
Só sei que nesse bololô todo Cris ficou contente com a comida asiática que não pôde comer em outro lugar, dadas as preferências alheias, João Pedro esteve feliz da vida observando as conversas e rindo o tempo todo do alto dos seus oito meses, Suely dividiu seus saberes ceramistas na comparação feliz com o tempo da natureza e o presente (além de me presentear com um pano palmilhado por tartarugas multicores, a coisa mais rica), Gleice e Wendel nos agraciaram com sua presença no meio de um dia corrido de trabalho e Júlio compartilhou projetos futuros, coisa que só fazemos em ambiente de aconchego.
E depois seguimos todos nosso caminho, mais felizes, alimentados e acarinhados, de parte a parte, com mais paz e força.
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