Como já disse, o romi ófici aqui é das antigas. Na verdade, muito das antigas, de quando comecei a trabalhar na equipe de redação do cursinho. Fiquei mal acostumada, ou melhor, encontrei meu jeito de trabalhar ali. E lá se vão 26 anos.
Claro que, com a pandemia, meu romi ófici foi invadido por outras atribuições/atribulações domésticas além das que eu já tinha, como cozinhar, lavar e guardar louça e roupa, arrumar cama, fazer listas infinitas de supermercado e outras compras para casa (a recém-descoberta carga mental feminina). Somou-se a essa lista considerável lavar banheiro, limpar móveis, limpar e encerar chão, atividades que me renderam a crise no piriforme. Isso tudo me tem feito repensar a continuidade dessa forma de trabalho, que me foi tão conveniente por todos esses anos.
Antes, porém, de decidir se abandono essa modalidade de trabalho em prol de voltar a ter contato com mais pessoas, talvez atuando mais diretamente com educação, quando a famigerada pandemia permitir, faço algumas considerações sobre o que tenho percebido de mudanças no meu romi ófici pandêmico.
Enquanto boa parte da galera que estreou no romi ófici com o início da pandemia adotou o modo comfy de estar em casa, sobretudo os mais privilegiados, resolvi me vestir como se estivesse fora de casa. Porque, afinal de contas, nem sei quando volto a sair para qualquer lugar, e já nem saía muito. E tenho usado roupas novas para ficar por aqui mesmo. Aliás, tem dia que até uso um pouco de maquiagem, como se fosse sair pra trabalhar - aprendi isso de um autor parceiro de trabalho, que me contou que sua esposa, doutoranda em história, se arrumava completamente para fazer sua pesquisa no escritório de casa - e trancava a porta, só saindo dali para almoçar (eles compravam refeições congeladas caseiras, outra coisa que andei aventando) e ao final do "expediente". Achei o máximo, mas só agora emprego parte desse ensinamento.
Enquanto muita gente tem tentado aproveitar ao máximo esse tempo em casa fazendo várias coisas ao mesmo tempo - ou pelo menos no início foi assim, agora todo mundo deve estar exaurido -, eu logo vi que não dava pra fazer mais ainda do que já fazia. Porque romi ófici não é pra principiantes não. Trabalhar em casa é trabalho duplo, e no caso das mulheres, triplo, quando não quádruplo. Então aos poucos fui fazendo uma coisa de cada vez, como no fundo é melhor que seja - só assim para estar presente, mesmo no meio de uma pandemia.
Claro que, com a pandemia, meu romi ófici foi invadido por outras atribuições/atribulações domésticas além das que eu já tinha, como cozinhar, lavar e guardar louça e roupa, arrumar cama, fazer listas infinitas de supermercado e outras compras para casa (a recém-descoberta carga mental feminina). Somou-se a essa lista considerável lavar banheiro, limpar móveis, limpar e encerar chão, atividades que me renderam a crise no piriforme. Isso tudo me tem feito repensar a continuidade dessa forma de trabalho, que me foi tão conveniente por todos esses anos.
Antes, porém, de decidir se abandono essa modalidade de trabalho em prol de voltar a ter contato com mais pessoas, talvez atuando mais diretamente com educação, quando a famigerada pandemia permitir, faço algumas considerações sobre o que tenho percebido de mudanças no meu romi ófici pandêmico.
Enquanto boa parte da galera que estreou no romi ófici com o início da pandemia adotou o modo comfy de estar em casa, sobretudo os mais privilegiados, resolvi me vestir como se estivesse fora de casa. Porque, afinal de contas, nem sei quando volto a sair para qualquer lugar, e já nem saía muito. E tenho usado roupas novas para ficar por aqui mesmo. Aliás, tem dia que até uso um pouco de maquiagem, como se fosse sair pra trabalhar - aprendi isso de um autor parceiro de trabalho, que me contou que sua esposa, doutoranda em história, se arrumava completamente para fazer sua pesquisa no escritório de casa - e trancava a porta, só saindo dali para almoçar (eles compravam refeições congeladas caseiras, outra coisa que andei aventando) e ao final do "expediente". Achei o máximo, mas só agora emprego parte desse ensinamento.
Enquanto muita gente tem tentado aproveitar ao máximo esse tempo em casa fazendo várias coisas ao mesmo tempo - ou pelo menos no início foi assim, agora todo mundo deve estar exaurido -, eu logo vi que não dava pra fazer mais ainda do que já fazia. Porque romi ófici não é pra principiantes não. Trabalhar em casa é trabalho duplo, e no caso das mulheres, triplo, quando não quádruplo. Então aos poucos fui fazendo uma coisa de cada vez, como no fundo é melhor que seja - só assim para estar presente, mesmo no meio de uma pandemia.
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