OK, OK, nenhuma novidade no meu encantamento pelo grupo ECDE. E eu estava aqui ansiosa com receber minhas compras, que demoraram a chegar porque ficamos esperando uma alma caridosa vir para estas bandas. E hoje veio Dani, com os pacotes todos.
Tentamos fazer nossas selfies, sempre um fica de fora, apelamos pro contador da câmera. E bons materiais das roupitchas todas, o atendimento ótimo, estou apaixonada por esse grupo de compras. E minhas canecas pra organizar minha mesa.
Eu sempre me surpreendo com a criatividade da galera. Tem gosto pra tudo, claro, mas há muita coisa linda, delicada, sofisticada, bem-humorada, singela, apetitosa, necessária, mimosa. E o melhor de tudo é o trato no geral. E imaginar que ainda existe gente que pense como a gente neste país mergulhado na lama. Que compartilha com a gente alguma esperança com a anulação da condenação de Lula pela Lava-Jato curitibana.
Imagina-se muita coisa sobre a esquerda. Que as mulheres não se depilam, por exemplo. Que são tão feias que não vale a pena estuprar (palavras do atual chefe de Estado contra uma colega). Eu tenho convicção que, para ser de esquerda, e portanto antifascista, é preciso ser solidário antes de tudo. Porque isso tem a ver com buscar justiça e igualdade, a não se comprazer da dor alheia, da fome, do desespero do outro. No mais, é gente que trabalha, estuda, se relaciona, mas, diferentemente dos fascistas de plantão, importa-se. Com o outro, com o planeta, com a natureza. Ou assim deveria ser.
Eu vejo essa galera da ECDE, que nem conheço pessoalmente, e sinto um quentinho no coração. Uma esperança, como a da Graúna do Henfil. De que é possível mover o mundo na base da união, de uma economia solidária e modesta - não pobre, mas justa. De que é possível ser gentil com quem não conhecemos, ser ético com quem nunca vimos. Apoiar mulheres, trans, gays, negros, mães e pais de família - sem conhecer.
Outro dia, me caiu nas mãos um texto ótimo de Michel Alcoforado sobre a empatia, sua diferença com a compaixão. O exercício da empatia, dizia o texto, se limita normalmente a um grupo de iguais, àqueles em cujo lugar conseguimos nos colocar, já que somos sempre autorreferentes quanto a isso, enquanto a compaixão é muito mais ampla porque implica em reconhecer a dor do outro, e não em se colocar no seu lugar. Por isso o Bozo é empático com seu cercadinho, e não com a esmagadora maioria do país, para a qual ele não tem nenhuma misericórdia.
Enfim, tudo isso só pra dizer que me orgulho de ser de esquerda, de ser antifascista e que o aprendizado é longo, e sim, é preciso estar atento e forte. A luta é agora, a luta é sempre.
Imagina-se muita coisa sobre a esquerda. Que as mulheres não se depilam, por exemplo. Que são tão feias que não vale a pena estuprar (palavras do atual chefe de Estado contra uma colega). Eu tenho convicção que, para ser de esquerda, e portanto antifascista, é preciso ser solidário antes de tudo. Porque isso tem a ver com buscar justiça e igualdade, a não se comprazer da dor alheia, da fome, do desespero do outro. No mais, é gente que trabalha, estuda, se relaciona, mas, diferentemente dos fascistas de plantão, importa-se. Com o outro, com o planeta, com a natureza. Ou assim deveria ser.
Eu vejo essa galera da ECDE, que nem conheço pessoalmente, e sinto um quentinho no coração. Uma esperança, como a da Graúna do Henfil. De que é possível mover o mundo na base da união, de uma economia solidária e modesta - não pobre, mas justa. De que é possível ser gentil com quem não conhecemos, ser ético com quem nunca vimos. Apoiar mulheres, trans, gays, negros, mães e pais de família - sem conhecer.
Outro dia, me caiu nas mãos um texto ótimo de Michel Alcoforado sobre a empatia, sua diferença com a compaixão. O exercício da empatia, dizia o texto, se limita normalmente a um grupo de iguais, àqueles em cujo lugar conseguimos nos colocar, já que somos sempre autorreferentes quanto a isso, enquanto a compaixão é muito mais ampla porque implica em reconhecer a dor do outro, e não em se colocar no seu lugar. Por isso o Bozo é empático com seu cercadinho, e não com a esmagadora maioria do país, para a qual ele não tem nenhuma misericórdia.
Enfim, tudo isso só pra dizer que me orgulho de ser de esquerda, de ser antifascista e que o aprendizado é longo, e sim, é preciso estar atento e forte. A luta é agora, a luta é sempre.
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