Com a correria da semana, não deu tempo de postar meu pesar sincero com a morte de Zilda Arns, no último dia 12, após um terremoto no Haiti. Isso sim, é uma perda para o Brasil e para a humanidade, que fica - parafraseando John Donne - qualitativamente diminuída com sua ausência.
Tomara que haja muita gente boa para continuar o trabalho da criadora da Pastoral da Criança. E que nós, os cheios de esperança, possamos viver como ela, fazendo apenas aquilo em que acreditamos.
sábado, 16 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Onde você mora tem o quê?
Com essa chuvarada que assola 1/3 do Brasil, fico me perguntando: o que faz as pessoas continuarem morando em um mesmo lugar - além de segurança, preguiça, apego etc. -, o que as faz pensar que ali vale a pena viver apesar de tudo?
Sempre que digo que vou me mandar da minha cidade, pululam defensores da metrópole. O que vou fazer em outro lugar, se aqui há de tudo? E eu me ponho a pensar que dificilmente vou encontrar uma pizza como a daqui, um sanduíche de mortadela tão generoso, lojas de tudo o que pode se pode imaginar. De outro lado, tudo é muito over - muita poluição, muito trânsito, muita muvuca. Eu, que ainda por cima moro no centro, me sinto no vórtice do furacão. Muitas vezes adoro, mas algumas vezes odeio (e Baioque do Chico Buarque seria uma trilha sonora perfeita para essa relação com la ville).
Daí fico curiosa em saber: o que há de bom e de ruim no lugar onde moram meus amigos, mesmo os mais distantes? E estou falando das coisas pitorescas, das minudências, do nada óbvio; o que atrai e o que irrita, visto com lentes de aumento do morador atento.
Aguardo os testemunhos!
Sempre que digo que vou me mandar da minha cidade, pululam defensores da metrópole. O que vou fazer em outro lugar, se aqui há de tudo? E eu me ponho a pensar que dificilmente vou encontrar uma pizza como a daqui, um sanduíche de mortadela tão generoso, lojas de tudo o que pode se pode imaginar. De outro lado, tudo é muito over - muita poluição, muito trânsito, muita muvuca. Eu, que ainda por cima moro no centro, me sinto no vórtice do furacão. Muitas vezes adoro, mas algumas vezes odeio (e Baioque do Chico Buarque seria uma trilha sonora perfeita para essa relação com la ville).
Daí fico curiosa em saber: o que há de bom e de ruim no lugar onde moram meus amigos, mesmo os mais distantes? E estou falando das coisas pitorescas, das minudências, do nada óbvio; o que atrai e o que irrita, visto com lentes de aumento do morador atento.
Aguardo os testemunhos!
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Alter ego
Tem dias que sou mesmo assim, como a superpoderosa Docinho. Tudo a ver com minha atual fase chuta-canelas...
(A Docinho que visitou minha mesa de trabalho ontem - e que teve sua imagem sequestrada pelo scanner local - pertence ao meu amigo Marcelo Alencar, editor, ilustrador, contador de causos e grande colecionador de bonequinhos bacanas)
(A Docinho que visitou minha mesa de trabalho ontem - e que teve sua imagem sequestrada pelo scanner local - pertence ao meu amigo Marcelo Alencar, editor, ilustrador, contador de causos e grande colecionador de bonequinhos bacanas)
Se fue!
Gente, o Erasmo Dias se foi! O invasor da PUC na década de 70, artífice das torturas promovidas pela ditadura militar, elezinho, bateu as botas de cano alto.
Isso significa que os verdugos não são eternos. Além de uma porção de coisas que passam pela nossa cabeça.
Ufa, ufa, ufa!
Isso significa que os verdugos não são eternos. Além de uma porção de coisas que passam pela nossa cabeça.
Ufa, ufa, ufa!
sábado, 2 de janeiro de 2010
A beleza de uma salada
Já comentei o godó, mas não comentei que, numa das vezes que o fiz, minha amiga Naiara ficou responsável pela salada (como sempre). Não poderia, portanto, deixar de publicar uma foto da linda salada que antecedeu o prato garimpeiro (não menos belo, mas com uma certa "rudeza" e seu ar meio agreste) - isso é que é ecletismo à mesa!
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Os pagadores de promessas
Quem será que inventou as promessas de final/começo de ano? Serão um desdobramento da culpa judaico-cristã? Com certeza, coadunam-se com as faxinas, esvaziamento e organização de gavetas, happy-hours apressadas com amigos que não vemos o ano inteiro (o coroamento daquele cafezinho prometido por meses!), consultórios médicos e laboratórios de análises clínicas lotados etc. ao fim de mais 365 dias de vida.
Isso é ruim? Claro que não. Mas pode ser menos estressante (e eu não vou acreditar se me disserem que fazem assim por causa da "adrenalina"), se tudo isso for espalhado ao longo do ano: cuidados consigo, com os outros e com seu espaço. A essa proposta, ouviremos a ladainha da falta de tempo (sobre a qual já palpitei em texto que mora no blog http://seroquesoa.blogspot.com/, vizinho deste).
De todo jeito, que bom é fazer promessas que pretendemos cumprir! Porque isso é sinal de que ainda temos esperança - que é, afinal, o que nos faz acordar e viver a cada dia.
(O título da postagem, claro está, é uma homenagem a Anselmo Duarte, que morreu em 2009, 47 anos depois de transformar a obra de Dias Gomes em filme homônimo - na minha modesta opinião, um dos mais tocantes do cinema brasileiro)
Isso é ruim? Claro que não. Mas pode ser menos estressante (e eu não vou acreditar se me disserem que fazem assim por causa da "adrenalina"), se tudo isso for espalhado ao longo do ano: cuidados consigo, com os outros e com seu espaço. A essa proposta, ouviremos a ladainha da falta de tempo (sobre a qual já palpitei em texto que mora no blog http://seroquesoa.blogspot.com/, vizinho deste).
De todo jeito, que bom é fazer promessas que pretendemos cumprir! Porque isso é sinal de que ainda temos esperança - que é, afinal, o que nos faz acordar e viver a cada dia.
(O título da postagem, claro está, é uma homenagem a Anselmo Duarte, que morreu em 2009, 47 anos depois de transformar a obra de Dias Gomes em filme homônimo - na minha modesta opinião, um dos mais tocantes do cinema brasileiro)
Assinar:
Postagens (Atom)
Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla