Acabo acordando com o miado monocórdio, chato de doer.
Nem tomo o suco verde pela manhã. Uma ansiedade misturada com azia, medo de entrar em pânico, tem me tomado na última semana.
Edito a duras penas um texto truncado. Tiro um cochilo no meio da tarde, talvez o sono da autossabotagem. Respondo a autores, marco na agenda que amanhã será o dia exclusivo de acertos do cronograma. Hoje, só edição. Começo a limitar meu acesso a e-mails e Facebook - reservo determinados momentos para ambos, não mais o tempo todo.
Almoço a comida árabe de ontem. Um buraco no estômago permanece - a ansiedade quase pânico. Não saio para caminhar. Tenho vontade de sumir, esquecer as contas a pagar. Mudar de nome, de profissão, mas continuar sendo eu mesma. Às vezes, quero que o dia tenha 30 horas; hoje, só queria ser rica para não ter que dar muita satisfação.
Respiro fundo para continuar a trabalhar.
Recebo a notícia de que uma amiga querida, ex-chefe, está internada, em coma induzido. Meu coração escurece.
Indiferente a tudo isso, outro dia termina.
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