Tanta coisa aconteceu desde então, com a transposição que mal saiu do papel, as últimas secas, a indústria do livro, que resolvi simplificar. Porque quanto mais a gente explica mais tem que se explicar - esta é outra mudança significativa trazida pelas comunicações contemporâneas. E eu não estou muito a fim. Quero só trazer uma mensagem, mostrar minha visão de mundo para os jovenzinhos sem que isso vire uma grande discussão. Será que consigo?
Para me inspirar na nova empreitada, resolvi desenhar como imagino meu protagonista. Ressuscitei meus lápis aquareláveis - a caixa da Toison d'Or, que ganhei da Tie na época de estagiária em escritório de arquitetura (para mim, os melhores lápis que tenho), os ótimos Faber-Castell em duas cores e a caixa da Caran d'Ache que ganhei do Wagninho - e me meti a desenhar.
Acho que vai rolar um storyboard. Acho que vou aproveitar para voltar a desenhar despudoradamente. Por puro prazer.
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