terça-feira, 4 de abril de 2017

Formas de atendimento - lojas de bike

Desde que começou a história de pedalar aqui em casa, temos ido muito a bike shops. Em Lauro de Freitas, deve haver pelo menos cinco, muito próximas umas das outras.
Em uma delas, supostamente a mais bem equipada, o dono/vendedor/mecânico nos olha com certa incredulidade e muitas vezes nem responde ao que perguntamos, parecendo pensar que está muito acima das outras pessoas, especialmente das mulheres. Também fala mal das marcas que ele não vende, não se lembra dos clientes, não parece interessado em consertar uma suspensão - quando, na verdade, HÁ conserto para ela -, enfim, não se esforça em nada. Se eu pudesse lhe dar um conselho, diria a ele para contratar alguém para administrar as vendas, de forma mais simpática e eficiente. Mas nem conselhos nem meu dinheiro lhe darei.
A poucos metros dali, uma loja maior, com mais funcionários, vende bicicletas Specialized. Mas não se engane: a loja está longe do padrão das bikes que vende. O pessoal é meio malafrojado no visual e no atendimento, e não dá muita atenção a quem não chega de veículo 4x4 (como nós!). Podemos culpá-los por não querer fazer negócio? Sim - porque me fazem lembrar de uma vendedora da Arezzo que me esnobou por meu visual ripongo-universitário e depois me viu comprar quatro pares de sapatos, "um para presente".
Do outro lado da Estrada do Coco, porém, há a Ramiro Bike (ah, me dá preguiça nomear as demais). Loja arejada e organizada, em que se vê tudo de uma só vez. Funcionários simpáticos e bem treinados, que não fazem cara de paisagem nem comentários bobos - atendem bem independentemente de nível de pedal, idade, gênero, se você vai comprar um sachê de carboidrato ou uma bike megapoderosa, se você está ali pela primeira ou centésima vez. E ainda negociam descontos, sugerem que você experimente as bikes novas. E perguntam como vai a vida, lembram que você tem uma GT, que chegou uma Cannondale que é sua cara. Isso pra não falar do próprio Ramiro, uma figura ótima, todo simpático, abraçando e cumprimentando todo mundo. O resultado? Loja cheia, com toda espécie de público.
E acabo de ler no Facebook o relato de uma amiga de Bienal sobre um médico que não se lembrava dela, embora a tenha atendido há pouco tempo. De fato, profissionais atentos e atenciosos estão em falta, em todas as áreas.
Embora não ache que ele desejasse esse tipo de "vantagem", que bom para o Ramiro!

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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