Já começo respondendo: não. Muitas vezes, fazer o impossível significa que alguma coisa não foi feita como deveria e sobrou para alguém se virar nos trinta para que algo tenha êxito. Normalmente, isso diz respeito a trabalho, mas pode servir para relacionamentos em geral.
As pessoas se acostumam muito rápido a ter alguém que faça o impossível, que resolva os problemas todos, que assuma toda a responsabilidade. E quem assume esse papel não está fazendo o seu melhor - está deixando de fazer bem feito e com prazer para cumprir uma meta que não necessariamente leva em conta a qualidade do que é feito.
O fato é que muita gente ainda associa respeito a dificuldade - quanto mais você exige, dificulta, tergiversa, mais essas pessoas te respeitam. Se você simplesmente arregaça as mangas e faz, logo sentirá no lombo o peso de uma galera que montou nas suas costas.
Por isso, aconselho, em pleno domingo de Páscoa: faça o melhor que puder, mas não faça tudo. Para tudo há muita gente no mundo.
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
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