Assim que embarquei no avião, de madrugada, perdi meu RG. Bestamente - sumiu, desapareceu, caiu da minha mão e ninguém viu. Ainda dei sorte de ter embarcado e só depois ter perdido o documento. Já fiquei com olhos esbugalhados, pensando nas providências urgentes que teria de tomar em vez de tirar um cochilo no voo de 3 horas até São Paulo. De fato, desembarquei, deixei a mala no flat e fui correndo ao Poupatempo, fazer boletim de ocorrência e agendar uma data para tirar nova via do RG. Depois, tentei ir resolver questões bancárias, e num deles não consegui justamente por falta do bendito documento, embora eu tivesse todos os demais necessários.
Apesar do perrengue, ainda consegui tomar um café regado de conversa e arte (inclusive na espuma do capuccino!) com minha hermana Tamis (a foto antecede a visita ao cabeleireiro). Dessas coisas que são típicas em Sampa - como os quitutes comprados no supermercado, que incluíram um chocolate perfumado com camomila, bom.
Pela primeira vez, turistei em Sampa. Estava tão reencantada com algumas coisas que essa energia deve ter atingido as pessoas com quem falava e elas me devolviam tudo em forma de gentileza. Mas já comecei a ter brancos no meu banco de dados paulistano - entrei de súbito em um ônibus para depois ficar em dúvida se aquele passava em determinado lugar. Tive de pedir informação para uma moça (que depois se revelou testemunha de Jeová e me deu uma revistinha). Nunca pensei que me aconteceria (pane no banco de dados), mas.
Passei em frente à Japan House, com sua linda fachada de bambus, no início da Paulista. Impossível entrar, com a fila de 7 mil pessoas (não ao mesmo tempo, claro). Minha mãe ficou aguada para fazer a visita, ainda mais com tantos japinhas na fila, mas disse a ela que, no seu caso, era só tomar o metrô um outro dia para conhecer o espaço. Para mim, fica para a próxima.
Consegui comer hambúrguer do Sujinho com Kelly e Edu, queridos que não via desde a minha mudança para cá. Fui visitar Marisa e suas duas filhotas, Guadalupe (uma Golden louquésima) e Filó (frajolinha escaladora de convidados). Tomei café no Girondino com meu tricoteiro favorito, Má, que me deu uma de suas criações maravilhosamente singelas, o cacto. Também vi Lu, amiga do coração, na Gita. Encontrei Li e sua família linda (e pensar que carreguei aquelas três moçoilas no colo!), numa cantina ótima, La Pergoletta, apesar dos olhinhos revirantes da hostess. E, claro, fiquei na casa dos amados Wagninho e Welli, sempre perfeitos anfitriões (e não podia deixar de ir à zona cerealista com Wagninho) - nós três sinusitosos.
Tive minhas reuniões de trabalho, trabalhei o quanto pude. E, por fim, fui fazer um curso de pães. Caraca! Ótimo! Nossa turma era supertagarela, e quase enlouquecemos o professor, Elias, mas ele foi muito competente na transmissão do que sabia. Foram quase 30 pães, feitos de forma intensa em poucos dias (inclusive com saídas minhas para ir atrás de documentos e bancos). A coisa mais engraçada que aconteceu foi ouvir de um colega que sou "masterchef", porque "sabia um pouco de tudo" (ele me via conversando com todo mundo sobre qualquer coisa de cozinha; uma diversão pra mim, sempre, ouvir e compartilhar dicas de culinária).
A questão agora é praticar o aprendido, rotineiramente. Quase do mesmo modo que acontece com a bike, vem aquela vontade de comprar acessórios relacionados a padaria, valha-me Deus!
Isso para não falar das ideias que chegam, da necessidade de organizá-las para que as coisas aconteçam não no momento perfeito, que não existe, mas oportunamente.
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