Cozinhar é um modo de amar os outros, diz Mia Couto. Talvez por isso eu sinta que fui claramente entendida quando alguém gosta dos meus pratos.
Mas, para além do amor ao outro, cozinhar é também amar a si mesmo. Quando, outro dia, fiz pão integral de aveia e mel e decidi torrar uma fatia e cobri-la com ricota, tomate, manjericão, nozes e um fio de azeite, senti o amor da minha comida chegando até mim. Mais que prazer, reconforto.
Quando isso acontece, sinto que tudo está no seu devido lugar, mesmo com todo o caos circunstante. Cozinhar ajuda, como a poesia, a reordenar o mundo.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
Cozinhar é um modo de amar os outros e a si
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
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