Este ano resolvi fazer mais coisas que me fazem bem à alma. Só para mim, meio egoisticamente (embora outras pessoas também possam se beneficiar), só porque me alegram, e não porque preciso delas, ou porque são imediatamente "úteis". Porque as quero. Só isso.
E uma dessas coisas - e neste caso haverá sem dúvida outros "beneficiários" além de mim - foi a oficina de pães de que participei hoje na Masseria, uma boulangerie chique-aconchegante na Lapa. Difícil até contar como a tarde foi gostosa, como passou rápido apesar de um pouco de dor nas pernas pelas quase seis horas em pé. Como o petit comité - somente cinco alunas; o máximo são seis por turma - era muito integrado e simpático. Como o chef boulanger Cláudio, com sua didática incrível, soube tirar o melhor de nós, materializado nos 2 kg de pães que preparamos, amassamos, cozemos e trouxemos para casa. Como Sandra, que nos recebeu, nos emociona contando de seu projeto de criar mais tempo para coisas importantes na cidade onde ninguém tem tempo ou não se importa. Como os pães feitos por eles (tem que provar o de especiarias, de sabores ricos que se revelam aos poucos, como um bom vinho) e por nós (os registrados nas fotos!) são muito gostosos.
E eu creio cada vez mais no encontro de iguais - acabei sabendo que Adriana Haddad, do ótimo blog Ovos Quebrados, é amiga de Sandra. Achei tão bacana, porque as duas, cada uma de um jeito, foi procurar um novo modus vivendi, ligado à gastronomia, que tem efeitos benéficos sobre mais pessoas (aliás, ainda vou fazer um curso de bolos com a Adriana, na sua roça).
Isso só faz aumentar a vontade de ampliar os horizontes, lá até onde vejo, longe-mas-possível - ao alcance da mão, que molda pães e destino.
sábado, 28 de abril de 2012
Gourmandise XVI - Tarde de pães na Masseria
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Tudo de bão
Cabeceira
- "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
- "Geografia da fome", de Josué de Castro
- "A metamorfose", de Franz Kafka
- "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
- "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
- "Amphytrion", de Ignácio Padilla
Ai que delícia, Sô! Quero provar desses pães, nhame-nhame. E não é que fui xeretar o blog da sua amiga Adriana (falou em roça eu fico doida pra saber!) e dei de cara com fotos dela e hirros em Paraty. Que legal! também ando com vontade de só fazer coisas prazerosas, pena que no meio do caminho... Mas é bom assim, né? Desde que entre as pedras a gente tenha tempo pra adoçar o olhar com as flores e as joaninhas...
ResponderExcluirbeijocas,
Tam
Que delicia!!
ResponderExcluirFiz curso de cupcakes ja faz algum tempo.... Quero fazer o de confeiteiro.....
Ate pensei em estudar gastronomia.... Mas sao muitas horas.... #ressacaposmestrado
Sô, quando fazemos coisas que nos deixam feliz, todos a nossa volta se beneficiam! Saudade
ResponderExcluirTam, é uma pena que não dê pra simplesmente chutar as pedras pra lá, mas acho que sem elas as pequenas e grandes vitórias, os achados cotidianos não teriam o mesmo sabor (hoje, pra mim, de pão quentinho!). Também vi os posts da Dri em Paraty e me deu a maior vontade de passear sobre aquelas pedras! :)
ResponderExcluirKá, eu também tive vontade mas tive preguiça de fazer um curso tão longo, por isso estou fazendo cursos livres, de aperfeiçoamento, essas coisas (no final das contas, é difícil não ceder à premência do tempo na grande cidade, embora eu ache que eu e alguns amigos queridos estejamos conseguindo tornar o tempo mais elástico e prazeroso - e precisamos de um tempinho para nosso café, hein?).
Candinho, concordo completamente com você. No caso dos pães e outras gulodices, o benefício vai ser duplo - meu bom humor garantido e comidinhas gostosas. Eba!
beijos e um lindo domingo pra vocês,
Sô
Que maravilha, Sô!
ResponderExcluirPão é sagrado como o tempo para a alma!
Podemos tomar aquele cafezito esta semana?
Estou livre todas as tardes, até por volta das 16h.
Besitos,
Marisa
Tudo isso sem contar que voce abrilhantou o curso com seus comentários sempre pertinentes e perguntas interessantes.
ResponderExcluirObrigada pelos elogios lá do meu blog maluco. Paraty, Saco do Mamangua, Praia da Fazenda, Picinguaba. Todos esses lugares e eu quase viro caiçara! Estou te esperando domingo com o maior numero de bolos que a gente ja viu! Adri,lá do Ovos Quebrados.
ResponderExcluirGente, o que seria de mim sem as amigas queridas que querem tomar café (Má, vamos sim! Que tal na sexta? Um almoço?), me convidam prum bolo (quer dizer, aceitam que eu me convide, né, Dri?) e ainda me colocam lá em cima (Clau, você é mesmo uma leitora - e acarinhadora - de almas, como sua profissão não nega).
ResponderExcluirA noite fria/triste fica, de repente, femininamente confortável.
beijos!
Sô