Agora, com a pós em gastronomia, alguém do grupo cantou a bola de que podíamos ter carteirinha de estudante, com validade nacional e tudo. Como não tenho mais a do SESC, e se tivesse pouca diferença faria aqui, pensei que seria uma boa para ter descontos em shows em Salvador - até porque a Concha Acústica, que tanto frequentamos, é cara, apesar da estrutura megadespojada.
Tudo hoje é on-line, então, fiz o pedido pela internet, paguei, mandei fotinho produzida, doc escaneado. A entrega foi demorada, mas nada que se compare à de anos atrás (em que ainda por cima havia fila, endereço distante etc. etc.); de todo modo, a UNE hoje disponibiliza uma carteira provisória pela internet mesmo: é só imprimir a imagem.
Hoje recebi a dita e fiquei contentíssima, me senti de novo na condição de estudante. A volta ao passado pode ser bem boa. Sou uma estudante eterna.
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Por falar em passado, voltaram à minha timeline fotos que minha amiga Denise publicou outro dia, de nossa viagem a Ouro Preto, há quase 18 anos. Que delícia de lembrança, passear pelas ruas barrocas com pessoas queridas, falando de arte e cultura, compartilhando a maravilhosa comida mineira! Época tão boa, a do trabalho com meus companheiros arte-educadores. Da 24a Bienal de Arte e da Mostra dos 500 Anos ao trabalho em instituições culturais, foi o que tive de mais verdadeiro em uma função, quando fui mais eu, mais combativa, ao realizar um trabalho e foi quando também fiz amigos para sempre, mesmo que não nos vejamos com frequência.
Também falei do passado com Wagner na última vez em que nos vimos, e lembramos nossa turma de trabalho no cursinho. Foi mesmo uma turma muito especial - guiados pela generosa Cely, com espaço para discussão e humor, tivemos uma oportunidade única de formação, profunda e de alta qualidade. Trabalhamos muito, aprendemos muito. E os amigos também ficaram.
Continuo, claro, na área de educação. As pessoas que mais admiro são dessa área. Mas sinto falta da dinâmica mais cara a cara, do sentir que faço diferença diretamente na vida de alguém, que me vê e que eu vejo.
Felizmente, assisto ainda a meus amigos intrépidos, ainda que cansados de tanta loucura, realizando coisas lindas. E me alegro de ter isso dentro de mim, essa chama, passado e presente, essência. Os amigos me ajudam a lembrar.
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