terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Cozido comme il faut

Eu experimentei fazer cozido outro dia, seguindo dicas da Rita Lobo e do site Come-se. A carne ficou dura, as verduras não ficaram tão saborosas. Dali eu já havia concluído que o melhor era cozinhar a carne na panela de pressão. Bom.
Daí, Guiga veio passar o aniversário conosco. Perguntei logo o que ele queria para o almoço de comemoração. Ele pediu cozido. Fomos comprar os ingredientes - carnes (coxão duro, salpresa, lombo suíno, linguiça e bacon) e verduras (abóbora, repolho, chuchu, couve, cenoura, maxixe, jiló, aipim, batata-doce, banana-da-terra, quiabo).
Quando se decidiu que o almoço seria feito aqui, e não na casa de minha sogra, lá fui eu pesquisar de novo receitas. Desta vez, aproveitei as dicas da Neide Rigo com a observação do feitio dos cozidos alheios - cozinhar as carnes e as verduras, cada uma a seu tempo, no caldo das carnes.
Dá um trabalho enorme, mesmo eu tendo cozinhado as carnes na véspera, na pressão, com exceção das linguiças, que deixei para incorporar ao caldo pronto após refogar com cebola e alho e então ir deitando cada verdura, deixando por algum tempo e então retirando para travessas que ficavam armazenadas no forno. As carnes já prontas entraram só no final, para não desmancharem e para pegar um pouco mais do caldo agora enriquecido. Por isso, imagino eu, é que cozido é comida de ocasiões muito, muito especiais e, via de regra, o pessoal por aqui faz feijoada para confraternizações mais genéricas. Feijoada é pinto, como diria minha avó.
O caldo que sobra foi separado em duas partes - uma menor, para regar as verduras e carnes após aquecidas no forno na hora de servir, e outra para o pirão, que foi a grande estrela do almoço. Mesmo tendo feito uma tigela enorme dele, não sobrou uma colher pra contar a história!
Como fiz o cozido, o bolo de nozes e baba de moça ficou por conta, claro, de minha sogra. Lindo e delicioso!
Apesar do aperto à mesa, acho que todos, especialmente o aniversariante, gostaram de tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

Arquivo do blog