Outro dia, uma amiga de faculdade recém-reencontrada nas redes sociais comentou que ela sempre precisa de estímulos externos para criar algo. Que ela não era naturalmente talentosa ou criativa, que para escrever um texto precisava de um acontecimento pitoresco, que executava as coreografias de dança direitinho mas sem brilhantismo etc. Identifiquei-me completamente com ela. Não sei criar coisas do zero. Era meio atrapalhada no flamenco, embora amasse estar ali no meio daquelas palmas e sons de tacones. Escrevo textos mais burocráticos que criativos. Preciso de modelos para desenhar.
Depois fiquei pensando que a criatividade, na maioria das vezes, também se cria. Como ser mulher, não se nasce criativo, talvez "torne-se". Eu já comentei que, quando necessário, me meto a aprender algo para dar conta de um projeto. Normalmente, aprendo o básico. Não me lembro de ter algum aprendizado muito aprofundado. Enfim.
De posse da necessidade, arregaço as mangas e mergulho as mãos na demanda. Senhora das demandas, isso sei que sou. Demanda, motivação, o empurrãozinho que me leva a criar. E assim ideias ganham corpo, como o convitinho para o chá de fraldas das gêmeas de Gleice. Aquarela e colagem. Aquarela, o quanto baste, e colagem, para suportar o desenho insuficiente. Sobre branco, sempre ele, a me dar espaço, a me permitir respirar. O espaço em branco, o próprio lugar da criatividade.
De posse da necessidade, arregaço as mangas e mergulho as mãos na demanda. Senhora das demandas, isso sei que sou. Demanda, motivação, o empurrãozinho que me leva a criar. E assim ideias ganham corpo, como o convitinho para o chá de fraldas das gêmeas de Gleice. Aquarela e colagem. Aquarela, o quanto baste, e colagem, para suportar o desenho insuficiente. Sobre branco, sempre ele, a me dar espaço, a me permitir respirar. O espaço em branco, o próprio lugar da criatividade.
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