Pela primeira vez desde que saí de São Paulo não voltei lá como sacoleira. As passagens de avião já caras ficaram extorsivas com o preço pago pela bagagem, e não compensa nada despachar compras. Ficou mais vantajoso comprar no site das lojas da zona cerealista e pedir para entregar aqui.
Desta vez, num bate-volta, fui só pra ver minha mãe, que andava meio borocoxô. Fiquei muito feliz de encontrá-la animada com o início das aulas de ioga no sindicato, onde encontra gente "da sua época", com muitas histórias em comum.
Ela tinha preparado um álbum com fotos minhas em vários momentos da vida. Também me mostrou um álbum em que apareço bebê com meus irmãos - desse álbum, tirei fotos das fotos com celular, pois não teria coragem de privar minha mãe dessas imagens tão longínquas.
Teve mais memória na nossa ida à feira de domingo, na rua da adolescência cheia de lojinhas criadas nas garagens dos prédios, no encontro com antigos vizinhos. Mas também teve memória nova na comida que fiz para ela, no pão de queijo gigante, no Red Velvet com recheio cuatro leches, nas lojas japonesas, no arigato gozaimasu que o vendedor dirigiu a ela sem obter resposta (muito paraguaia mesmo essa japa).
Depois, já sem a companhia de mainha, mais memória no cannole de limão siciliano, nas manifestações pela cidade que não dorme, no sorvete do Bahia em plena Paulista, na mensagem de Cecília Meirelles em um café. O encontro com amigas e com uma nova vida, o lindo Antonio.
Sem peso a carregar, só memórias, novas e renovadas. Uma bela bagagem.
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