Tenho aprendido a respeitar as premências. Mudar de casa, colocar ponto-final numa situação, verbalizar, poder dizer "acabou" com todas as letras, em voz alta. Esse modo de vida, esse comportamento, o que se tornou uma relação, esse lugar. Perceber que, como num texto, só se conduz a narrativa deixando algo atrás de si com clareza, mudando de parágrafo, e para isso é preciso sinalizar a passagem com um ponto-final, sem dúvidas quanto ao que deve ser feito, ainda que restem todas as dúvidas quanto ao que será.
Gil canta pra mim (e como pensar que ele, logo ele, poderia estar errado?): "Alguma dor? Talvez sim/Que a luz nasce na escuridão". Puxa, cada vez mais tenho crido nisso, nessa aurora que vem vindo, implacável e linda. E para recebê-la também tenho que estar a contento: linda e renovada, de cabelos à la Era do Jazz e batom cereja.
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