domingo, 14 de setembro de 2014

Summertime

Amo Summertime. Quando ouço essa música, quase posso ver os negros do sul dos Estados Unidos parando para descansar da lida na lavoura, olhando para o sol escaldante no horizonte de um dia que parece não terminar nunca. É quase uma canção de trabalho.
Amo com Ella Fitzgerald, que confere toda sua nobreza à composição de Gershwin. Mas com Janis Joplin a gente sente a fisgada de desespero lá no fundo do fundo. Desespero pelo mundo que parece não acompanhar nossa vontade indômita de correr sem parar. Desespero pela não aceitação da tragédia da vida humana (estou no momento sentimento trágico da vida, como já disse em outro lugar), que parece ter sido o caso de Janis.
E com esse calor louco, esse tempo de exacerbações climáticas e anímicas, essa canção parece mais atual do que nunca.

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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