Assim como algumas vezes nos decepcionamos ao tentar vestir algo e perceber que não nos cai bem, acontece também de, numa só tacada, vestirmos roupas que parecem terem sido feitas pra nós. Na semana passada, tive essa experiência em uma loja à qual nunca tinha prestado atenção. Vi na vitrine, quase indo embora do shopping, uma peça com estampa bonita, ao lado de outra também bonita. Depois, o cartaz de "promoção". Pensei: não custa dar uma espiada.
Para minha surpresa, havia muitas peças com minha cara, com preço mais acessível do que em outras lojas onde costumo comprar. Surpreendentemente, o que me caía bem era tamanho P. A vendedora, em nenhum momento, tentou me empurrar nada, nem me propôs combinações bizarras de roupas. Foi super atenciosa, ágil, eficiente e simpática. Pronto. Achei uma loja para chamar de minha.
No fundo, o que aconteceu na lojinha acontece na vida o tempo todo. Uma amiga das antigas, Cris, costumava dizer que só ficava "onde cabia sua alma". Eu tomei pra mim, já devo ter dito isso, tal verdade. Quando a coisa aperta, e a vida traz tempestade, traço meus planos de fuga A, B e C. E às vezes a vida vem num abraço, suave como a brisa. Tudo se encaixa, de forma natural - às vezes, tão natural que esquecemos de agradecer.
Viver é pura poesia. Nem sempre doce, nem sempre trágica - poesia.
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- "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
- "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
- "O estrangeiro", de Albert Camus
- "Campo geral", de João Guimarães Rosa
- "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
- "Sagarana", de João Guimarães Rosa
- "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
- "A outra volta do parafuso", de Henry James
- "O processo", de Franz Kafka
- "Esperando Godot", de Samuel Beckett
- "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
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