segunda-feira, 25 de maio de 2020

Febre padeira na rede e mungunzá adiantado de São João

Uma coisa boa (talvez uma das únicas) da quarentena é que muitos amigos estão se arriscando a fazer pão em casa, alguns até com levain, que orgulho! Eu fico felicíssima, porque sei bem como é terapêutico criar algo com as próprias mãos, vê-lo criar forma, crescer, ganhar cor e nos presentear com um gosto único, que é um pouco de nós mesmos. Só quem faz pão sabe o que é essa sensação de completude criativa, de ter de volta para si, no caso pela degustação, o que se criou. Talvez um pouco autofágico, mas mágico também. 
Aí, inspirada nos amigos, resolvi fazer um italiano caprichado, mais de dez horas de fermentação. E mesmo assim nem ficou azedinho - da próxima, vou deixar umas 14 horas fermentando pra ver no que dá. 
Além do pão gostosíssimo, fiz também mungunzá, já que o governo da Bahia resolveu adiantar pra hoje o feriado de São João. Em junho faço de novo, mas o de hoje ficou especialmente cremoso (tinha cozinhado e congelado o milho há umas semanas) e saboroso, com o acréscimo sudestino dos amendoins torrados e levemente processados. Comi de me acabar - ainda bem que fiz menos do que de costume! 

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Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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