Uma coisa boa (talvez uma das únicas) da quarentena é que muitos amigos estão se arriscando a fazer pão em casa, alguns até com levain, que orgulho! Eu fico felicíssima, porque sei bem como é terapêutico criar algo com as próprias mãos, vê-lo criar forma, crescer, ganhar cor e nos presentear com um gosto único, que é um pouco de nós mesmos. Só quem faz pão sabe o que é essa sensação de completude criativa, de ter de volta para si, no caso pela degustação, o que se criou. Talvez um pouco autofágico, mas mágico também.
Aí, inspirada nos amigos, resolvi fazer um italiano caprichado, mais de dez horas de fermentação. E mesmo assim nem ficou azedinho - da próxima, vou deixar umas 14 horas fermentando pra ver no que dá.
Além do pão gostosíssimo, fiz também mungunzá, já que o governo da Bahia resolveu adiantar pra hoje o feriado de São João. Em junho faço de novo, mas o de hoje ficou especialmente cremoso (tinha cozinhado e congelado o milho há umas semanas) e saboroso, com o acréscimo sudestino dos amendoins torrados e levemente processados. Comi de me acabar - ainda bem que fiz menos do que de costume!
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