Daí que chove canivete nesta Bahia de meu Deus. Não com a fúria das tempestades do ano passado, mas com uma constância muito maior, praticamente uma Guantanamera.
Junte-se ao dilúvio a dor do piriforme/ciático, e o bode que dela advém, e aí me peguei com vontade de reler As brumas de Avalon, a saga de Marion Zimmer Bradley que li aos 12 ou 13 anos, na coleção de banca de jornal de meu pai.
Guga conseguiu o volume único no formato Epub, e devorei-o em uns quatro dias, deitada de lado, para minimizar a dor muscular, com o Kindle colado na mão.
Fiquei pensando na razão de ter querido relembrar as aventuras e desventuras de Morgana e companhia, e acho que há várias. Para começar, mesmo sendo uma obra dos anos 1980, é feminista - e continua atual na sua abordagem. Tem uma protagonista que nada tem de mocinha tradicional - não é reconhecida pela beleza padrão, mas por seus poderes, personalidade e atitude -, e sempre me identifiquei com isso. Por fim, fala de um mundo prestes a desaparecer nas brumas - um pouco como o que temos visto acontecer.
Sejam quais forem as motivações, gosto sempre dessa história contada femininamente. Que espada presa na bigorna que nada! Foi uma mulher que deu ao rei o poder na forma da Excalibur. E mesmo empoderadas as mulheres de Avalon são tratadas com machismo.
Aqui, Morgana não carrega a espada para entregá-la. Ela a empunha para lutar, porque a luta é diária, a luta é sempre.
Sejam quais forem as motivações, gosto sempre dessa história contada femininamente. Que espada presa na bigorna que nada! Foi uma mulher que deu ao rei o poder na forma da Excalibur. E mesmo empoderadas as mulheres de Avalon são tratadas com machismo.
Aqui, Morgana não carrega a espada para entregá-la. Ela a empunha para lutar, porque a luta é diária, a luta é sempre.
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