Junho é um mês querido, que lembra calor humano no meio de temperaturas mais baixas. Mês dos santos Antonio, João e Pedro, me lembra a infância com quadrilhas e quermesses em escola e igreja. Em São Paulo, as festas juninas não têm a escala das do Nordeste, que, aliás, ainda não conferi, como em Caruaru ou mesmo no interior da Bahia. Mas fica o aconchego nas ruas, aonde quer que se vá, com pessoas se desejando um "feliz São João", quase como se fosse Natal.
Marisa me mandou um texto maravilhoso do sempre precisamente poético Luiz Antonio Simas, sobre a transformação de um homem implacável, João Batista, primo de Jesus, em um santo menino, de cachinhos e acompanhado de um carneirinho, justamente a imagem que festejamos em junho, no dia 24, na segunda festa mais importante da Bahia depois do Carnaval. Um verdadeiro milagre popular essa transmutação da raiva em amor.
Junho também é mês de aniversário de Chico Buarque, que este ano completou 80 primaveras musicais. Nem escrevi nada a respeito porque li tanta coisa bonita em toda parte, toda gente do bem se lembrando de trechos da obra do gatão de olhos verdes, olhos de ardósia, nas palavras de Jobim! Me deu uma alegria imensa, tanto a homenagem enorme ao homem e artista Chico, quanto me lembrar junto com todas essas pessoas das músicas maravilhosas de Chico artista e homem, homônimo de outro santo que me fala ao coração, e do Opará querido, e do meu gatito irmão de Zen, sempre no coração.
Em junho, só passei de raspão por um forró no Santo Antonio, mas foi o suficiente para aquecer a alma, tão precisada desse calor.
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