domingo, 27 de janeiro de 2013

Coquetel antitristeza

Cada um tem lá suas receitas para combater os momentos de tristeza, e eu tenho as minhas:
1. Filmes água-com-açúcar, lenços de papel e algum chocolate (não muito, para não chorar de arrependimento depois)
2. Essência de lavanda - no banho, na roupa, no travesseiro, no bichinho de pelúcia: remédio infalível
3. Respirar profundamente e devagar
4. Ouvir Mônica Salmaso - com a beleza quase insuportável de seu contralto, ela se encarregará de esvaziar seu tanque de lágrimas
5. Depois de esvaziar o tanque lacrimal e lavar o rosto, tomar um bom banho (inclusive com lavanda), vestir uma roupa bem bonita e fazer planos para o futuro - já próximo e mais feliz

Et LaBelle va (ou marche)

Na estreia de LaBelle, confesso que fiquei um pouco tensa - fazia muitos anos que eu não andava de bike. Aliás, nem lembro quando foi a última vez. E mesmo eu sempre repetindo a máxima "é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece" em situações de reaprendizado, não estava tão certa assim de que seria fácil.
Ainda por cima, nunca tinha tido uma bike com marchas, e no primeiro dia me embananei entre desviar de crianças, corredores, ciclistas e cães e experimentar as marchas; ainda por cima, não tinha sacado direito a relação entre as 3 catracas e as 7 marchas, mesmo já tendo lido algo a respeito. Depois fui ler ainda mais em blogs, sites e fóruns de ciclistas. E acho que finalmente entendi!
Hoje fui pela segunda vez (domingo passado estava ocupada assando peru e preparando outros acepipes). Fiz o trajeto duas vezes, com as marchas mais certinhas, controlando melhor o guidão. E mais segura ao desviar dos pedestres, pois coloquei uma BUZINA, a da foto. Ela faz um trim-trim discreto e simpático, e incrivelmente funcionou na maioria dos casos. Em alguns momentos, onde não havia gente muito espalhada, deu até pra pegar velocidade, uma DELÍCIA! Vento no rosto, coisa que eu amo, e sentir o chão rodando rápido debaixo dos pés.
Ainda me arrisquei (só um pouquinho) pedalando ao lado dos carros, num trecho curtíssimo a caminho de casa - só pra sacar qual é, quanto de adrenalina sobe nessa situação.
E voltei feliz da vida, querendo mais bem em breve.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Gourmandise XX - Receita de "roupa velha": Falso arroz de pato

Por que roupa velha? Porque o prato nasceu do reaproveitamento de um peru-micaretano (fora de época) preparado para meus irmãos. Não foram sobras, vejam bem: as partes usadas no falso arroz de pato eram bem nobres.
Por que falso arroz de pato? Já expliquei a piada logo acima: porque não era pato, mas peru. Em vez de jambu para acompanhar (onde acharia jambu por aqui?), refoguei couve no alho com um pouco de bacon - e ficou muito bom (e meu endocrinologista que não leia nada disso, ou vou levar o maior pito com toda razão).
Fiz um arroz branco simples, acrescentei açafrão em pó previamente dissolvido em uma colher de manteiga (dá-lhe LDL!) e depois juntei tudo com a carne do peru, que estava supermacia, e um pouco de salsinha e cebolinha picada. Como disse, o prato foi acompanhado de couve refogada (só assustada, sempre, nunca cozida) e de uma farofa rica cuja receita da revista da Avianca adaptei (damasco picado, azeitonas pretas e passas com castanhas do pará, de caju e nozes levadas ao forno com um fio de azeite por 10 minutos, tudo isso misturado em farinha de rosca já passada na manteiga e no alho; para arrematar, um pouco de cereal de milho na mistura já fria).
A sobremesa foi uma receita da minha sogra - banana-da-terra frita (xiiiii!!! estou me sentindo quase culpada!) em manteiga e açúcar, com um tantinho de canela quando já tinha começado a dourar, acompanhada de sorvete de creme LIGHT - claro!
Desta vez, consegui pelo menos fotografar o prato antes que não sobrasse nada pra contar a história.

Meus amores no tradicional encontro anual


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Pertencimento

Com essa história do sumiê retornam as questões de pertencimento. Quando vou à Liberdade (como hoje, quando fui à Livraria Sol para comprar um pincel), sempre tenho a sensação de fazer parte daquele universo oriental. Puxo papo com as vendedoras, senhorinhas japonesas que lembram minha mãe, e tenho certeza de que elas não entendem meu olhar enternecido. Mesmo sem falar japonês, sem partilhar de todos os costumes, uma centelha de mim reacende quando boto os pés ali. Talvez por isso o origami  e o judô, tão tardios, tenham parecido "naturais" quando aconteceram.
Também sinto o mesmo quando visito o Nordeste, claro. Parece que estou na sala de casa, tomando fresca com as portas abertas. Rio de felicidade, quase sentindo o vento no rosto, ao ouvir uma expressão conhecida desde a infância - "parado como um dois de paus", "malajambrado", "cabaré de asa", "sururu de capote". Fico muito, muito à vontade. E é essa sensação de estar à vontade na própria pele que eu chamo de pertencimento. Como é boa, como é fundamental!
Clarice Lispector tem um texto lindo sobre pertencer. Foi originalmente publicado no JB, como crônica, e depois na coletânea A descoberta do mundo. Ela diz que pertencer vem muitas vezes de sua força, e não de depender de alguém mais forte - deseja pertencer para que sua força "não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa". Para não ficar com um presente embrulhado nas mãos sem ter a quem presentear. Não seria por acaso um dos aspectos da graça?
Ao final, Clarice fala, ao descobrir que pertencer é viver, de uma sede infinda, como quem, no deserto, bebesse as últimas gotas de água de um cantil. Aqui, agora, enquanto escrevo, imagino que viver/pertencer é mais como no deserto carregar um jarro d'água, que poderia derramar quando tropeçamos ou ir-se esvaziando quando damos de beber a alguém - mas, quase milagrosamente e ao mesmo tempo, vai se enchendo novamente da água trazida por outro passante. De forma abundante, até o fim.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Celebrities

Fazendo jabá para a Ray-Ban? Hummmm! Se pagarem bem...

Resgatando raízes

Então! Além da novidade da bike, resolvi fazer um curso de férias de sumiê, a ancestral arte da pintura japonesa. Aí na foto estou toda concentrada, tentando manter coordenação, velocidade e homogeneidade do traço. Não é fácil não!
Altos papos com Susan Hirata, professora da arte/técnica e especialista em cultura japonesa -  embora meio nordestina, algo cafuza, tipicamente paulistana, vagamente holandesa, volta e meia lusitana, dramaticamente espanhola sem ter um pingo de sangue espanhol, estou descobrindo que sou ainda mais oriental do que pensava. Fazer coisas por um sentido, e não apenas pelo resultado, a importância do yakusoku...

domingo, 13 de janeiro de 2013

A estreia de LaBelle

Hoje foi a estreia de LaBelle, minha primeira bike-só-minha. Não é linda?
O passeio não foi longo, mas foi ótimo, com direito a companhia do namorado e encontro com amigos - Marisa, Harley e o lindo Maxwell.
Pelo jeito LaBelle será uma grande companheira, além de divisora de águas na mudança de hábitos e de vida.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

E o que era?



E pensar que Paulinho Moska, do Inimigos do Rei, ia ser um tão ótimo cantor da MPB!

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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