domingo, 31 de maio de 2015

Bordado e experimentações

Resolvi retomar os bordados. Na verdade, retomar o projeto iniciado na oficina da Sávia Dumont, quando não conhecia quase nenhum ponto. Desfiz o pouco que havia feito lá e alinhavei alguns pedaços de tecido sobre o linho. A ideia é bordar o desenho que fiz na oficina.
Comecei a bordar um sol, mas minha resistência ao bastidor fez que a figura ficasse engruvinhada. Desmanchei os pontos de novo, e adotei o bastidor.
Examinando o livro que tenho da família Dumont, percebi que as figuras são bordadas sobre tecido pintado. Mais fácil que trabalhar com retalhos. A próxima experimentação.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Vida real V

Tomo um eparema - o salgado da lanchonete da faculdade não caiu bem - na verdade, nunca cai. Glúteos dormentes após 4 horas na cadeira de boteco branca que compõe o mobiliário da sala de aula. Discurso interminável de professor visitante, que me olha buscando concordância ao que diz enquanto rabisco ideias no caderno. A lembrança de Fafá de Belém cantando de forma estonteante "Vapor barato" me leva pra mais longe, a tomar aquele velho navio.
Vejo as tarefas se amontoarem, porém sigo respirando fundo diante de cada uma. Uma de cada vez. As atividades que me fazem criar e pensar outras coisas têm ajudado no respirar profundo. Uma coisa de cada vez. Reinventando o tempo, ainda que precise respeitar prazos. Provavelmente, voltarei à ioga.
Além das edições, três trabalhos para fazer, todos ligados, de algum modo, à futura pós. Sinto um frio na barriga bom, como quando esperava o primeiro dia de aula. Criar, conceber. Great expectations. O futuro bem aqui. Dickens and me.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

domingo, 24 de maio de 2015

Muffins de chocolate e moussaka com variação



Minha mãe fez aniversário outro dia. Hoje dei a ela um almocinho. Moussaka, salada, pão de nozes, muffins de chocolate (com sucralose) e sorvete de leite Ninho com Nutella (nada diet). Meu irmão, que acabou dando um cano, enviou bolo diet pro almoço.
Como esqueci completamente que a moussaka leva batatas (na receita que faço tradicionalmente pedem batata palha, mas o original é batata em lâminas), inventei de colocar pedaços do pão de nozes que fiz. Ficou uma delícia!

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Projetando sonhos


Baixou de novo a técnica em Edificações em mim.
Com pranchetinha portátil, esquadros e escalímetro, passei a limpo a planta da casa com que sonho. Como será que na época de Federal eu pintava os móveis minúsculos com giz pastel? Ontem não lembrei, aí ficou meio manchadinho.
Claro que no momento oportuno a planta terá que passar por um exame de profissionais das área para análise do que é factível ou não. Mas desenhei pensando no que gostaria de ter - cozinha equipada com piso de ladrilho hidráulico, fogão à lenha, horta, galpão externo, privacidade para os hóspedes, piso de cimento queimado, pérgula...

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Bolo de banana e Gatatouille


Zen é despirocado, já contei? Ele quer cheirar todas as comidas, temperos, tenta invadir a cozinha e já mostrou que é literalmente vira-lata. 
Hoje, quando estava fotografando o bolo de banana cuja receita encontrei no Panelaterapia, eis que aparece o gato gourmand e gourmet do outro lado. Cliquei várias vezes e depois, conferindo as fotos, dei com essa que mostra a verdadeira alma de Zenzolino. Na realidade, ele é um Gatatouille.

Mãos à massa! (ou à água?)

Já estava previsto que uma das aulas do curso do Marcos Ferreira na pós seria uma visita a um ateliê de cerâmica.
Ontem aconteceu a aula nos domínios da Sirlene, uma ceramista geógrafa e antropóloga, segundo definição do Marcos. Achei-a delicadamente engraçada - não encontrei outra maneira de definir aquele saber fazer comentários divertidos com uma voz tão suave. Sabedora de sua própria graça.
Então Marcos pediu-nos para relaxar, entrar em contato com nosso interior, visualizar um lugar que fosse só nosso. Confesso que estava pensando em como iria para a faculdade depois, e não visualizei nada "espiritual". No entanto, era preciso dar forma ao nosso pensamento por meio da flexível argila.
Acabei optando por uma imagem que sempre foi recorrente nos meus sonhos, e que há tempos não vejo neles, a de altas ondas no mar. Agreguei o veleiro comigo, miudinha, à proa. Lembrei-me dessa imagem outro dia, assistindo ao filme Interstellar, do Cristopher Nolan, que tem uma cena incrível com ondas gigantes.
O Marcos fez uma leitura interessante, sobre o veleiro como casa, que procura ficar estável em situações adversas trazidas pelo mar e pelo vento. E se a casa é o meu eu mais profundo, e com ele tenho singrado até as águas mais turbulentas, nisso tudo eu vejo boas perspectivas de aportar.

domingo, 10 de maio de 2015

Frio e Nutella

O frio chegou, e com ele a vontade de fazer gordices. Calhou de ontem eu me deparar com duas receitas que levavam Nutella, a gordice suprema - uma era um sorvete de leite Ninho com Nutella (!!!) e a outra, um brigadeiro de chocolate e Nutella para comer de colher. Resultado? Comprei a bendita Nutella e fiz os dois!
O sorvete está no congelador - receita do Prato Fundo, que ensina a fazer o leite condensado com leite Ninho em pó (usei o La Serenissima que tinha aqui e ficou quase com o mesmo gosto de leite Ninho) que é a base do gelado. Tudo bem fácil, aliás, de fazer (o que é um verdadeiro perigo!).
Já o brigadeiro de colher é uma receita do Cozinha pra 2 - adaptei com o que tinha: usei cerca de 70g de leite condensado diet que comprei pronto (acho o meu melhor), mais 1 colher de sopa de Nutella, 1/2 colher de sopa de manteiga e 1 colher de sopa rasa de chocolate em pó. Não fiz a farofa de nozes. A quantidade que fiz não encheu nem dois copinhos de cachaça. Mas estava uma delícia!

*

Putz, acabo de provar o sorvete: uma perdição completa! Essa mistura de leite Ninho (embora eu tenha usado outro) e Nutella é terrivelmente deliciosa. A textura é de uma cremosidade absurda, e o leite suaviza o gosto da pasta de avelãs. Mas, de repente, lá vem a surpresa num pedacinho de Nutella. Achei que a receita tem cara de sorvete da Haagen Dazs ou, melhor ainda, da Bacio di Latte (lembra o Cremino, que é à base de Nutella). Ou seja, logo vou buscar algo que se assemelhe ao de macadâmia ou de doce de leite. 
Quem diria que eu ia me aprofundar nos sorvetes?

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Gatos, um ano depois

Eles chegaram aqui em maio do ano passado. Parece que não cresceram tanto. Continuam grudes, miam por atenção, desaforo, fome, porque não gostam da roupinha. Zen gosta de invadir a cozinha e sentir o cheiro dos temperos. Chico é o atlético apanhador de bolinhas de papel, um dengo só.
Gosto de acreditar que sabem como me sinto, e por isso vêm se deitar no meu colo, ou perto do coração, ou fazendo carinho nos meus cabelos.
Como hoje. Zen adivinhou.

Pão integral de cardamomo e mel

Receita da La Cucinetta, já experimentada há algum tempo, mas agora bem melhorada, após o curso do Luiz Américo e outras pesquisas. Agora também conheço melhor meu forno e os truques para deixar o pão mais douradinho e com uma casca crocante (usei a forma com água quente sob a forma do pão).

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Tortinha de ganache com sorvete de caqui

Outono é época de caqui. Eu gosto bastante de caqui, especialmente do mais molinho, vermelho, mas não a ponto de comer um por dia durante uma semana (acho que as únicas coisas que consigo repetir assim são suco de laranja e pão). Então, diante de uma bandeja de caquis na geladeira, aquela vozinha me perguntou: por que não fazer um sorvete?
Achei algumas receitas na internet, e a que mais me agradou foi a do chef James Hollister, do restaurante Exquisito!, porque não levava creme de leite e não precisava de sorveteira. De quebra, o sorvete acompanhava uma torta de chocolate amargo - essa combinação foi o que me convenceu.
Fiz algumas adaptações no sorvete e na torta. No lugar do xarope de glucose da receita de sorvete, usei xarope de bordo (maple syrup); também troquei o açúcar mascavo por demerara e não usei limão (que talvez ajudasse a firmar a mistura). Quanto à torta, para não ter muito trabalho, fiz uma massa básica de biscoito maisena e manteiga (na proporção 2:1); a ganache não tem pimentas frescas, só um pouco de pimenta-do-reino moída na hora.
Um temor: de que não conseguisse desenformar as tortinhas, porque usei formas de silicone, para cupcake, já que não tenho as próprias para torta. Deixei a massa um pouco mais de tempo no forno (20 minutos) e esperei esfriar para colocar a ganache, também já fria. Levei à geladeira por 1 hora e só então desenformei.
Na foto, o sorvete ainda não está no ponto. Mas a combinação é de fato bem interessante.

Cabeceira

  • "Arte moderna", de Giulio Carlo Argan
  • "Geografia da fome", de Josué de Castro
  • "A metamorfose", de Franz Kafka
  • "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez
  • "Orfeu extático na metrópole", de Nicolau Sevcenko
  • "Fica comigo esta noite", de Inês Pedrosa
  • "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector
  • "O estrangeiro", de Albert Camus
  • "Campo geral", de João Guimarães Rosa
  • "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway
  • "Sagarana", de João Guimarães Rosa
  • "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector
  • "A outra volta do parafuso", de Henry James
  • "O processo", de Franz Kafka
  • "Esperando Godot", de Samuel Beckett
  • "A sagração da primavera", de Alejo Carpentier
  • "Amphytrion", de Ignácio Padilla

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