Já fiz essa receita algumas vezes, uma adaptação entre a de massa de torta rústica do Panelinha e a do Masterchef, feita pela Bruna Chaves. Só hoje, porém, consegui fotografar. E ainda estreei o salva-bolo, esse utensílio utilíssimo para evitar a destruição de bolos e tortas retiradas de formas com fundo removível.
A receita híbrida segue aqui.
Ingredientes:
Massa:
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
150 g de manteiga gelada cortada em cubos
2 ovos
2 colheres (chá) de sal
1 gema levemente batida com um pouco de água (para pincelar)
Recheio:
2 peitos de frango cortados em iscas
1/4 xícara (chá) de shoyu
1 colher de sobremesa de gengibre picado
suco de 1 limão
3 dentes de alho picados
1 colher (sobremesa) de tabasco
1 colher de chá de páprica doce
3 unidades de anis estrelado
1 folha de louro
1 canela em pau
1 colher (sopa) de canela em pó
2 cubos de caldo de galinha
1/2 cebola picada
1 cebola cortada em tiras
50 gramas de shitake (misturei com funghi secchi, ambos hidratados por 20 minutos em água quente)
raminhos de alecrim e de tomilho
1/2 xícara de nozes ou castanhas de caju picadas
Óleo de gergelim para refogar e para a marinada
Preparo:
Faça uma marinada com óleo de gengibre, shoyu, gengibre, suco de limão, tabasco, páprica e alho - mergulhe nessa mistura as iscas de frango enquanto prepara a massa.
Passe para a massa: misture a farinha, o sal e a manteiga com os dedos até obter uma farofa, sem derreter completamente a manteiga. Adicione então os ovos, misturando bem com uma espátula (evite assim mais contato com o calor das mãos). Envolva em plástico filme e leve à geladeira por pelo menos 1 hora.
Prepare o caldo de galinha e acrescente à água quente a cebola picada, a canela em pau, a canela em pó, o anis estrelado e a folha de louro; reserve.
Caramelize a cebola cortada em tiras; reserve. Na mesma panela, refogue rapidamente o shitake (no meu caso, sem a água da hidratação); reserve.
Em uma frigideira larga, doure as iscas de frango. Acrescente aos poucos o caldo de frango temperado à medida que ele reduz. Enquanto isso, preaqueça o forno a 200 graus.
Abra a massa sobre uma bancada polvilhada com farinha de trigo ou diretamente sobre o fundo removível de uma forma de cerca de 30 cm de diâmetro. Deixe para fora do fundo removível uma borda de cerca de 5 cm.
A essas alturas, o frango deve estar bem macio. Retire-o com uma escumadeira; reduza um pouco do caldo restante e reserve. Espalhe parte das cebolas caramelizadas sobre o meio da massa da torta. Cubra com o frango; em seguida, espalhe as castanhas de caju, o shitake e novamente as cebolas caramelizadas. Feche a torta puxando para cima a borda que ficou para fora - ela não deve cobrir completamente a torta. Sobre a abertura que restou, espalhe os ramos de alecrim e tomilho. Se quiser dar um tom mais dourado à torta, pincele um pouco de gema levementa batida sobre a massa. Leve a torta ao forno por cerca de 30-40 minutos, até dourar.
Ao retirar a torta, derrame um pouco do caldo reduzido sobre o recheio.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Já dizia o profeta
Coloquei o quadrinho bem na minha frente, no escritório, como um mantra para que o cinza também dê lugar a cores amorosas em SP e para que eu nunca me esqueça do poder dessa fórmula tão simples e eficiente de vida.
sábado, 18 de fevereiro de 2017
Tiramisù simplificado e delicioso
Eu amo tiramisù. Quase tanto quanto crème brûlée. Ambas são sobremesas cheias de sutilezas, diferentes camadas de sabor e textura. Amo. Mesmo.
Na última semana, a Fabiana do Figos e Funghis publicou uma receita simplificada de tiramisù. Com creamcheese no lugar do mascarpone, o que já facilita imensamente minha vida (mesmo que o mascarpone não fosse carésimo na Bahia, seria uma missão quase impossível encontrá-lo), e biscoito Oreo no lugar de biscoito champagne ou pão de ló. Também tem uísque no lugar de vinho marsala (que nem me atrevo a imaginar se encontraria por aqui).
Como hoje ia fazer uma moussaka para o almoço (aliás, coloquei também fatias de abobrinha italiana, e ficou muito bom), quis logo testar a sobremesa bacanuda e fácil. Mas, ontem, no supermercado, não encontrei creamcheese. Porém, não me dei por vencida, e levei um pote de creme de ricota. Ficou bem mais suave do que se usasse creamcheese. Não tínhamos uísque, mas de resto segui a receitinha da Fabi. Embora sem aquela textura "bolínea" do original (dada pelo biscoito ou pelo pão de ló), o sabor é ótimo. O creme fica um pouco molenga, e fiz um teste montando a sobremesa, com exceção do cacau no final, e deixando na gaveta fria da geladeira.
Na última semana, a Fabiana do Figos e Funghis publicou uma receita simplificada de tiramisù. Com creamcheese no lugar do mascarpone, o que já facilita imensamente minha vida (mesmo que o mascarpone não fosse carésimo na Bahia, seria uma missão quase impossível encontrá-lo), e biscoito Oreo no lugar de biscoito champagne ou pão de ló. Também tem uísque no lugar de vinho marsala (que nem me atrevo a imaginar se encontraria por aqui).
Como hoje ia fazer uma moussaka para o almoço (aliás, coloquei também fatias de abobrinha italiana, e ficou muito bom), quis logo testar a sobremesa bacanuda e fácil. Mas, ontem, no supermercado, não encontrei creamcheese. Porém, não me dei por vencida, e levei um pote de creme de ricota. Ficou bem mais suave do que se usasse creamcheese. Não tínhamos uísque, mas de resto segui a receitinha da Fabi. Embora sem aquela textura "bolínea" do original (dada pelo biscoito ou pelo pão de ló), o sabor é ótimo. O creme fica um pouco molenga, e fiz um teste montando a sobremesa, com exceção do cacau no final, e deixando na gaveta fria da geladeira.
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domingo, 12 de fevereiro de 2017
Cookies domingueiros
Hoje fiz cookies pela primeira vez, querendo usar as avelãs que a cunhada trouxe. Aprendizados já: usar forma de bordas baixas e fundo mais espesso, deixar temperatura mais baixa para não queimar e dar tempo ao chocolate para derreter.
Receita de cookies dita "infalível" do Figos e Funghis. Adicionei avelãs picadas no final, antes de misturar o chocolate em pedacinhos.
Gostoso ficou, mas, como disse, o chocolate não derreteu. Merece repetecos de aperfeiçoamento.
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Ser ecológico também é cuidar dos próprios sapatos
Por muitos anos, levei meus sapatos ao seu Paixão, sapateiro velha-guarda, que sempre elogiava o estado dos pisantes: "Logo se vê que você cuida bem deles!". Dizia isso porque eu fazia a manutenção dos sapatitos em sua loja com frequência, lustrando, engraxando, trocando solados, mas também porque sabia que tenho sempre à mão algum produto para cuidar deles. Recentemente, descobri uma mousse para hidratar couro, da Mr. Cat; na semana passada, encontrei uma loção de limpeza, da loja Outer. Uma vez, viajando a trabalho com uma amiga, saquei um Nugget incolor para tirar o aspecto empoeirado das sapatilhas com que ia fazer uma entrevista - ela, que havia rido ao ver o produto, logo o pediu emprestado para fazer o mesmo com seus sapatos.
Talvez isso aconteça porque adoro sapatos, como também bolsas e roupas, e costumo cuidar bem de todos eles. Talvez se deva ao espírito nipônico de preservação, de uma memória atávica da falta. Mas também pode ser por um pensamento ecológico de conservar bem para consumir menos - o que pode parecer engraçado para alguém que tem muitos sapatos, e eu procuro ao menos doá-los sempre que ficam encostados muito tempo.
Cada vez mais acho a atitude de cuidar do que se tem um princípio coerente. Cuidar do que tenho, do que conquistei (sapato, livro, casa) me faz lembrar do esforço ou do talento que tive de empreender para conquistar. Ao cuidar, tenho de olhar para aquilo - e me lembro de que não preciso de muito mais que aquilo, que já está lá. Perceber que já tenho o que preciso me faz lembrar de agradecer em vez de sempre ter olhos para o que está distante - nesse sentido, uma falta que causa frustração, e não a ideia de preservar, a que a sabedoria imigrante de que falei há pouco levaria.
Talvez isso aconteça porque adoro sapatos, como também bolsas e roupas, e costumo cuidar bem de todos eles. Talvez se deva ao espírito nipônico de preservação, de uma memória atávica da falta. Mas também pode ser por um pensamento ecológico de conservar bem para consumir menos - o que pode parecer engraçado para alguém que tem muitos sapatos, e eu procuro ao menos doá-los sempre que ficam encostados muito tempo.
Cada vez mais acho a atitude de cuidar do que se tem um princípio coerente. Cuidar do que tenho, do que conquistei (sapato, livro, casa) me faz lembrar do esforço ou do talento que tive de empreender para conquistar. Ao cuidar, tenho de olhar para aquilo - e me lembro de que não preciso de muito mais que aquilo, que já está lá. Perceber que já tenho o que preciso me faz lembrar de agradecer em vez de sempre ter olhos para o que está distante - nesse sentido, uma falta que causa frustração, e não a ideia de preservar, a que a sabedoria imigrante de que falei há pouco levaria.
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sábado, 4 de fevereiro de 2017
Arroz marroquino, abobrinha recheada com ricota e nozes e a importância dos temperos
A foto não está bonita - são os estertores do prato, o que sobrou na panela. Mas ontem o arroz marroquino, que já fiz algumas vezes, ficou especialmente gostoso e condimentado, o que atesta a importância dos temperos moídos na hora (sem pimenta síria pronta, moí noz-moscada, pimenta-do-reino, canela em pau e acrescentei cravo - com parcimônia, para não ficar com sabor odontológico - e canela em pó). Sigo mais ou menos a receita do Dedo de Moça - ontem, ainda, cozinhei o frango em água temperada com cebola, louro e anis estrelado e acrescentei ao arroz o pistache sem casca e sem sal, tostado antes com as amêndoas peladas, em um fio de azeite.
Todo o desejo de comer um prato "árabe" veio de ter assistido a um episódio do programa do Jacquin, Pesadelo na cozinha, passado em um restaurante sírio da zona norte de São Paulo. Acabei tendo a ideia de assar abobrinha recheada com ricota e nozes e achei uma receita do Panelinha em que se acrescenta a isso a polpa da abobrinha, mais alho, sal, pimenta. Sobre as canaletas de abobrinha, polvilhei parmesão ralado na hora. Ficou tão bom que não sobrou nada pra fotografar.
Todo o desejo de comer um prato "árabe" veio de ter assistido a um episódio do programa do Jacquin, Pesadelo na cozinha, passado em um restaurante sírio da zona norte de São Paulo. Acabei tendo a ideia de assar abobrinha recheada com ricota e nozes e achei uma receita do Panelinha em que se acrescenta a isso a polpa da abobrinha, mais alho, sal, pimenta. Sobre as canaletas de abobrinha, polvilhei parmesão ralado na hora. Ficou tão bom que não sobrou nada pra fotografar.
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Bolo de maracujá e chai latte
Compramos maracujá ontem. Fazia tempo que não tínhamos em casa! Logo, o marido pediu por um bolo de maracujá.
Achei uma receita de bolo simples, com calda. O bolo fica fofinho, uma delícia. O único problema é eu continuar subestimando a potência do forno - em 15 minutos, já havia dado aquela torrada nas laterais e no fundo do bolo. Mas OK, está mais do que na hora de eu fazer a lição de casa e observar mais os tempos e temperaturas.
Aproveitei para testar a receita de chai latte que a Paola Carossella deu outro dia num programa de TV. Fiz uma infusão com anis estrelado, cravo, pimenta-do-reino, sementes de cardamomo verde, canela em pau, chá Earl Grey que ganhei de Sylvia. Depois acrescentei o leite e açúcar. Ficou ótimo! Dá até pra colocar mais anis e cardamomo.
Achei uma receita de bolo simples, com calda. O bolo fica fofinho, uma delícia. O único problema é eu continuar subestimando a potência do forno - em 15 minutos, já havia dado aquela torrada nas laterais e no fundo do bolo. Mas OK, está mais do que na hora de eu fazer a lição de casa e observar mais os tempos e temperaturas.
Aproveitei para testar a receita de chai latte que a Paola Carossella deu outro dia num programa de TV. Fiz uma infusão com anis estrelado, cravo, pimenta-do-reino, sementes de cardamomo verde, canela em pau, chá Earl Grey que ganhei de Sylvia. Depois acrescentei o leite e açúcar. Ficou ótimo! Dá até pra colocar mais anis e cardamomo.
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